Abertura Trilha Formativa Matemática- Educação Pública

Abertura Trilha Formativa Matemática- Educação Pública

Breve Resumo

Este vídeo é uma trilha formativa sobre o conhecimento matemático e seu desenvolvimento na educação infantil e nos anos iniciais, com foco na aplicação da prova Saeb. A professora Luciane Chix compartilha ideias e reflexões sobre como ensinar matemática de forma significativa, abordando desde a importância da base matemática na educação infantil até a desmistificação de conceitos como o "x" da questão e a resolução de problemas.

  • A matemática é mais do que apenas números e contas, é uma arte de explicar, conhecer e entender.
  • É crucial dar condições para que o aluno construa seu próprio conhecimento, em vez de apenas transmitir informações.
  • O ensino da matemática deve estar conectado com a realidade e o cotidiano dos alunos, preparando-os para o futuro.

Apresentação FTD Educação e Introdução ao Tema

A FTD Educação apresenta uma trilha formativa sobre o conhecimento matemático na educação infantil e nos anos iniciais, com foco na prova Saeb. A professora Luciane Chix, especialista na área, lidera a formação. São dados informes sobre o certificado de participação, que será enviado aos participantes que preencherem a pesquisa de satisfação. A professora Luciane se apresenta, compartilha sua experiência como professora e consultora, e expressa sua paixão pela matemática. Ela destaca que a trilha formativa é um espaço de troca de ideias e aprendizado mútuo, com o objetivo de levar algo de valor para a sala de aula.

A Matemática é o X da Questão: Educação Infantil e Anos Iniciais

O título do encontro é "A Matemática é o X da Questão", com foco no desenvolvimento do conhecimento matemático na educação infantil e nos anos iniciais. A professora Luciane explica a importância da educação infantil como base para a formação do ser humano, ressaltando que não é apenas um lugar de cuidado, mas sim onde se estabelecem as bases que acompanharão a criança para a vida toda. Ela menciona a preocupação com a alfabetização e como problemas nessa área podem estar ligados à falta da base matemática. A professora enfatiza que a construção do conhecimento não se dá de forma isolada, mas sim com vários pilares, e o objetivo é entender o pilar matemático para aprofundar essa base nos próximos encontros.

Datas dos Encontros e Divisão por Grupos

São apresentadas as datas previstas para os próximos encontros, com a ressalva de que podem haver mudanças. Para a educação infantil, estão previstos mais dois encontros, nos dias 11 de março e 3 de junho, com foco nas noções topológicas, processos básicos e construção do raciocínio lógico. A professora Luciane explica que muitas crianças com dificuldades de aprendizagem, na verdade, carecem de base, o que pode ser confundido com distúrbios. Para o ensino fundamental, os professores serão divididos em dois grupos: 1º e 2º ano, e 3º, 4º e 5º ano, devido à diferença na abordagem. São apresentadas as datas prováveis para cada grupo, com temas como construção numérica, operações, resolução de problemas, geometria, medidas, probabilidade, estatística e álgebra. A professora ressalta a importância do engajamento dos participantes e da aplicação prática do conhecimento adquirido.

Ensinar vs. Dar Aulas e a Importância da Aprendizagem

A professora Luciane questiona se os participantes ensinam ou apenas dão aulas, citando Sérgio Lorenzato, que diferencia as duas práticas. Ensinar é dar condições para o aluno construir seu próprio conhecimento, e não apenas repassar informações. A professora ressalta que ensinar não é transmitir conhecimento, mas sim conteúdo, e que o conhecimento atrelado à habilidade deve ser desenvolvido. Ela enfatiza que só se pode dizer que ensinou quando o aluno aprendeu, o que implica em verificar se de fato está havendo aprendizagem.

O Que Vem à Mente Quando Se Fala em Matemática?

A professora Luciane pede aos participantes para escreverem no chat a primeira palavra que vem à mente quando ouvem a palavra "matemática". As respostas variam entre números, contas, cálculos, medo, complicação, emoção, entre outros. A professora comenta que, na maioria das vezes, as pessoas não gostam de matemática, e que isso pode estar relacionado às sensações e emoções que a palavra evoca. Ela destaca que existe uma divisão entre a matemática que se aprende e a matemática que se ensina, e que é importante transformar essa sensação para que não influencie negativamente os alunos.

O Significado da Matemática e a Importância da Compreensão

A professora Luciane define a matemática escolar e ressalta que ela não é apenas número, mas sim uma parte dela. Ela explica que o senso numérico é inato, mas o ensino da matemática geralmente começa pelo número, o que pode criar barreiras. A professora explica que a palavra "matemática" deriva do grego "matema", que significa compreensão, explicação, ciência, conhecimento e aprendizagem, e "tique", que significa arte. Portanto, a matemática é a arte ou a técnica de explicar, conhecer e entender. A professora questiona se os participantes conhecem e entendem o que ensinam para as crianças, e ressalta a importância de buscar o conhecimento e se aprofundar sempre.

O Que Se Espera de um Professor de Matemática e o X da Questão

A professora Luciane discute o que se espera de um professor de matemática, como ter uma visão dinâmica e entender que tudo na matemática veio de uma necessidade. Ela ressalta que a matemática não é um produto, mas sim um processo, e que é importante ensinar o processo da multiplicação, e não apenas o resultado. A professora explica o porquê do "x" da questão, e propõe um problema de lógica para os participantes resolverem, com o objetivo de mostrar como a álgebra pode facilitar a resolução de problemas. Ela explica que o x, y e outras letras servem para representar algo e facilitar a vida, e que o problema é que as equações que foram apresentadas para muitos não tinham sentido.

Desmistificando a Matemática e a Importância do Raciocínio

A professora Luciane afirma que a matemática não precisa ser uma tortura, e que é importante desmistificar conceitos como unidade, dezena e centena. Ela explica que dezena é uma palavra que só existe na escola, e que as crianças não a usam no dia a dia. A professora ressalta que o x da questão é a compreensão, e que a matemática precisa ser compreendida. Ela cita Galileu Galilei, que dizia que a matemática é o alfabeto com o qual Deus escreveu o universo. A professora explica que a matemática da criança é mais difícil porque ela é concreta, e a matemática é abstrata. Ela ressalta que as crianças de hoje têm pouca concentração e são extremamente agitadas, o que torna o ensino ainda mais desafiador.

Questionamentos Sobre o Ensino da Matemática e a Importância da Prática

A professora Luciane levanta diversos questionamentos sobre o ensino da matemática, como o valor do zero, o significado do número 11, a forma como se ensina a subtração e a divisão, e o porquê de se chamar "conta". Ela explica que a unidade vai até nove porque, quando junta mais um, vira dezena, e que não se pode colocar dois números na casinha da unidade porque eles brigam. A professora ressalta que é importante ter cuidado com as afirmações que se faz para as crianças, pois elas são literais. Ela explica que, na divisão, quando se diz que "um não dá para dividir por dois", a criança pensa que o 100 não dá para dividir por dois. A professora enfatiza a importância de parar para pensar sobre o próprio pensamento (metacognição) e verificar se o que está sendo ensinado está claro.

A Matemática na Natureza e a Importância da Resolução de Problemas

A professora Luciane mostra exemplos da matemática na natureza, como a colmeia da abelha em formato de hexágono e o girassol com a sequência de Fibonacci. Ela explica que a abelha faz a colmeia em formato de hexágono porque ele permite a maior ampliação e o encaixe, e que o girassol traz a sensação de beleza com a sequência de Fibonacci. A professora ressalta que essa matemática não foi mostrada para ela, e que agora há a oportunidade de mostrar isso para as crianças. Ela explica que, quando se trabalha a matemática pronta e acabada, tira-se a beleza e a grandiosidade da matemática. A professora questiona se os alunos estão de fato aprendendo, e ressalta que o estudante é fruto de várias mãos, e que é importante fazer a sua parte bem feita. Ela explica que as contas são algoritmos, que deveriam ser facilitadores, e que elas só ganham sentido na resolução de problemas.

A Pergunta "É de Mais ou de Menos?" e a Preparação Para o Futuro

A professora Luciane comenta sobre a pergunta que as crianças fazem: "É de mais ou de menos?". Ela explica que as crianças fazem essa pergunta porque querem terminar logo, e que alguém ensinou para elas que, para resolver o problema, tem que fazer uma conta. A professora ressalta que é preciso inverter essa cultura. Ela mostra o que as crianças respondem quando perguntadas sobre o que é um problema, e percebe-se que elas associam sempre à conta. A professora questiona para qual futuro os professores estão preparando as crianças, e cita um livro que diz que dois terços dos estudantes do ensino fundamental de hoje vão estudar em alguma profissão que ainda não existe. Ela ressalta que é preciso desenvolver o raciocínio e a interpretação nas crianças, pois elas usarão isso em qualquer profissão.

A Importância do Cotidiano e o Encerramento

A professora Luciane ressalta a importância de seguir a BNCC e o currículo, mas que a maneira de fazer isso é escolha do professor. Ela explica que o conhecimento não é algo para ser despejado em cima do aluno, e que as crianças estão constantemente criando, revisando e testando suas próprias teorias sobre o mundo. A professora ressalta que a escola precisa superar isso e complementar o que a criança já está trazendo. Ela explica que a BNCC diz que os conhecimentos escolares precisam preparar o indivíduo para lidar com o seu cotidiano. A professora encerra sua fala, lembrando que o objetivo foi incomodar um pouquinho, e convida os participantes a se reunirem novamente em outros momentos para discutir de maneira mais profunda.

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