Análise: Trump afirma que vai reduzir taxas contra China | WW

Análise: Trump afirma que vai reduzir taxas contra China | WW

Breve Resumo

O vídeo discute a redução das previsões de crescimento econômico global pelo FMI para 2025, em meio a tensões comerciais e tarifas impostas por Donald Trump. Analistas debatem se haverá um acordo comercial à vista com a China, considerando os impactos nos EUA e na China. A discussão também aborda o enfraquecimento do dólar, a política fiscal brasileira e a necessidade de vigilância em relação à inflação.

  • O FMI reduziu as previsões de crescimento econômico global devido às tensões comerciais.
  • Analistas divergem sobre a possibilidade de um acordo comercial rápido entre EUA e China.
  • O enfraquecimento do dólar e a política fiscal brasileira são pontos de preocupação.

Impacto das Tarifas de Trump e Previsões do FMI

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu as previsões de crescimento econômico global para 2025 devido à incerteza gerada pelas tensões comerciais, especialmente as tarifas de Donald Trump. A escalada nas tensões comerciais terá um impacto significativo na atividade econômica global, afetando a cadeia de produção e potencialmente reduzindo a oferta de produtos. A nova previsão do FMI é de um crescimento econômico global de 2,8%, um corte de meio ponto percentual em relação às estimativas anteriores. O fundo também prevê um crescimento menor para os Estados Unidos, com a economia americana devendo crescer 1,8% neste ano, acompanhada de inflação persistente e maior possibilidade de retração no consumo.

Reação do Mercado e Sinais de Recuo na Guerra Comercial

Apesar das projeções negativas, o governo Trump continua a expandir a guerra comercial, impondo tarifas elevadas sobre equipamentos de energia solar de quatro países do Sudeste Asiático, com o objetivo de incentivar a produção doméstica. O mercado financeiro reage mal ao "tarifaço", com o dólar atingindo a menor cotação frente às seis moedas estrangeiras em 3 anos. Diante desse cenário, o secretário do Tesouro de Trump, Scott Bessent, admitiu que as tarifas impostas à China são insustentáveis, sinalizando uma possível diminuição da guerra comercial, embora as negociações com Pequim ainda não tenham começado.

Análise sobre um Possível Acordo Comercial EUA-China

Um analista expressa ceticismo quanto a um acordo comercial rápido entre EUA e China, argumentando que a guerra comercial afeta ambos os países. No curto prazo, a China depende da demanda americana por seus produtos, enquanto os EUA dependem de insumos básicos da China. No médio e longo prazo, os EUA podem sofrer mais, dando à China um poder de negociação. A China possui instrumentos de controle interno, espaço fiscal, planejamento centralizado e uma alavanca geopolítica nos minerais raros, dos quais é grande produtora. Para um acordo ser alcançado, os EUA precisam reduzir as tarifas.

Impacto do Enfraquecimento do Dólar e Estratégias de Trump

O analista discute como Trump lidará com o enfraquecimento do dólar, que atingiu o menor valor em 3 anos. Embora Trump tenha defendido um dólar mais fraco para diminuir o déficit comercial americano, a incerteza na política econômica dos EUA está pressionando o dólar para baixo. Há previsões de uma recessão branda nos Estados Unidos na segunda metade do ano devido à incerteza e ao aumento de tarifas. Trump continua a anunciar tarifas, como as de energia para países na esfera de influência da China, visando deslocar as indústrias chinesas para o Sudeste Asiático, um movimento que já estava em curso.

Confiança no Sistema Americano e o Papel do Dólar

As políticas que geram incerteza sobre a qualidade das políticas econômicas e fiscais nos Estados Unidos causam danos à imagem do dólar e à segurança que ele oferece para as transações financeiras. Embora não se espere uma grande ruptura no papel do dólar, há uma mudança na margem, com moedas como o euro e o franco suíço se valorizando. A dívida americana está caindo de preço, enquanto a dívida alemã está subindo. Não há uma opção para o dólar hoje em dia, e o setor financeiro americano ainda é profundo e respeita os contratos. As moedas digitais têm um impacto menor, pois muitas têm o dólar como lastro.

Previsibilidade no Brasil e a Insustentabilidade do Arcabouço Fiscal

Enquanto se fala de um mundo imprevisível, no Brasil há uma certa previsibilidade quanto à insustentabilidade do arcabouço fiscal ao longo do tempo. O Brasil está sendo penalizado por investidores devido à trajetória fiscal não ser crível. O ajuste fiscal em discussão não é forte o suficiente para trazer segurança aos investidores. O Brasil tem uma certa vantagem estratégica na diversificação de mercado, podendo se aproveitar da situação da guerra comercial, mas o limite é o espaço para ocupar mais mercado chinês com commodities. A insegurança sobre a trajetória fiscal pressiona a demanda por produtos e serviços, elevando a inflação e forçando o Banco Central a manter a taxa de juros elevada.

Vigilância do Banco Central Americano e o Curto Prazismo Mundial

O relatório do FMI destaca a necessidade de o Banco Central Americano ser mais vigilante em relação à inflação, o que potencializa os embates em curso. As tarifas promovem um choque de custo e geram inflação, mas a reação da atividade econômica pode levar a uma recessão branda. O mundo está caminhando para uma situação de curto prazismo, onde é difícil prever o que vai acontecer. A incerteza afeta a demanda por bens de investimento, e mesmo que haja um retrocesso na política tarifária, a incerteza já foi criada. O presidente do Banco Central Americano está dando uma lição de política econômica ao pensar na estabilidade de preços no médio prazo.

Visão de Brasília e o Envelhecimento da População Mundial

Brasília não tem um plano bem definido para navegar nos tempos de turbulência no curto e médio prazo. O FMI alerta sobre o envelhecimento da população mundial, um tema para o qual o governo brasileiro não tem a menor ideia do que fazer. O Banco Mundial aponta que, se as regras para pensões e aposentadorias continuarem como estão, a idade mínima teria que passar para 72 anos em 2040 e para 78 anos em 2060.

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