Breve Resumo
Este vídeo introduz a corrente teórica do evolucionismo na antropologia, abordando seu contexto histórico, principais ideias, autores como Lewis Henry Morgan, Edward Tylor e James Frazer, e as críticas que levaram à sua superação. O evolucionismo, influenciado por Darwin e Spencer, propunha uma visão unilinear do desenvolvimento cultural, com a sociedade europeia como o ápice da evolução. O vídeo também discute o método comparativo utilizado pelos evolucionistas e as críticas de Franz Boas e Bronislaw Malinowski, que abriram caminho para uma antropologia mais relativista e focada no trabalho de campo.
- O evolucionismo foi a primeira grande corrente teórica na antropologia, influenciada por Darwin e Spencer.
- Defendia uma visão unilinear do desenvolvimento cultural, com a sociedade europeia no topo.
- Foi criticado por Franz Boas e Bronislaw Malinowski, que defendiam o relativismo cultural e o trabalho de campo.
Introdução
O vídeo inicia uma série sobre as escolas da antropologia, seguindo uma linha cronológica sem implicar que as teorias mais antigas foram totalmente superadas. A primeira corrente a ser apresentada é o evolucionismo, com um convite para que os espectadores compartilhem seus conhecimentos e dúvidas sobre o tema.
O Evolucionismo na Antropologia
O evolucionismo foi a corrente teórica dominante na antropologia de 1870 até a Primeira Guerra Mundial, defendida por autores como Lewis Henry Morgan, Edward Tylor e James Frazer. Inspirado por Charles Darwin e Herbert Spencer, o evolucionismo buscava reduzir as diferenças culturais a um único caminho evolutivo, que partia dos povos considerados "primitivos" e culminava na sociedade europeia branca e cristã. Essa visão permitia classificar os grupos desconhecidos em um plano temporal, transformando o estranhamento em familiaridade para o pesquisador.
A Escala Evolutiva
O vídeo apresenta uma tabela de Lewis Henry Morgan que ilustra a divisão da humanidade em períodos de selvageria, barbárie e civilização, cada um com suas próprias condições de vida e organização social. O período inicial da selvageria era visto como a infância da raça humana, enquanto a civilização era definida pelo uso da escrita e do alfabeto latino. James Frazer comparava o selvagem ao homem civilizado como uma criança a um adulto, defendendo que todas as sociedades humanas se desenvolvem em estágios sucessivos e obrigatórios.
O Método Comparativo e a Antropologia de Gabinete
Os teóricos evolucionistas utilizavam um método comparativo para analisar as sociedades, buscando classificar as diferenças culturais em uma linha temporal de evolução. Edward Tylor defendia que o primeiro passo para estudar uma civilização era disseca-la em detalhes, diferenciando os tipos de armas, por exemplo. As teorias evolucionistas foram posteriormente criticadas como "antropologia de gabinete", pois seus teóricos não realizavam trabalho de campo, baseando-se em trabalhos, anotações e observações de outras pessoas.
Críticas ao Evolucionismo
Um dos principais objetivos da antropologia evolucionista era marcar e reforçar a diferença entre os europeus brancos e cristãos e os outros, considerados primitivos e exóticos. As expedições de exploração do início do século 20, como a expedição da card butt, buscavam resgatar objetos de grupos africanos para expor em museus, apresentando-os de forma exótica e mística. Essa postura foi criticada por antropólogos como Franz Boas e Bronislaw Malinowski, que defendiam o relativismo cultural e a importância do trabalho de campo.
A Superação do Evolucionismo
Franz Boas criticou o método comparativo dos evolucionistas, classificando-o como etnocêntrico, ou seja, a visão de mundo de quem considera seu grupo ou nação mais importante que os demais. Malinowski enfatizou a necessidade de compreender a cultura do outro a partir de sua totalidade, sem fragmentá-la, e a importância do trabalho de campo para compreender essa totalidade. Apesar de superada no âmbito acadêmico, a visão etnocêntrica ainda persiste em muitas pessoas, o que pode levar à segregação e à violência. A antropologia moderna busca mostrar que essa visão está errada e que já foi superada.
Considerações Finais
O vídeo conclui reforçando a importância de superar a visão etnocêntrica e valorizar a diferença. O próximo vídeo abordará a escola difusionista, com um convite para que os espectadores compartilhem seus conhecimentos sobre o tema.

