Breve Resumo
Esta aula aborda o diagnóstico diferencial em psicopatologia, um processo crucial para diferenciar transtornos mentais que compartilham sintomas. A aula destaca a importância de descartar condições médicas, uso de substâncias e transtornos factícios antes de determinar um diagnóstico. A aula também apresenta cinco passos para realizar um bom diagnóstico diferencial e ilustra esses passos com exemplos práticos de sintomas comuns e seus possíveis significados. Além disso, a aula discute a diferença entre especificadores e comorbidades, fornecendo exemplos de especificadores e comorbidades comuns em transtornos como bipolar, depressão e TAG. Por fim, a aula apresenta uma lista de diagnósticos excludentes do DSM-5TR, que não podem coexistir no mesmo paciente.
- A aula destaca a importância de descartar condições médicas, uso de substâncias e transtornos factícios antes de determinar um diagnóstico.
- A aula apresenta cinco passos para realizar um bom diagnóstico diferencial e ilustra esses passos com exemplos práticos de sintomas comuns e seus possíveis significados.
- A aula discute a diferença entre especificadores e comorbidades, fornecendo exemplos de especificadores e comorbidades comuns em transtornos como bipolar, depressão e TAG.
- A aula apresenta uma lista de diagnósticos excludentes do DSM-5TR, que não podem coexistir no mesmo paciente.
Introdução: Diagnóstico Diferencial em Psicopatologia
A aula começa com uma introdução sobre o diagnóstico diferencial em psicopatologia, enfatizando sua importância para diferenciar transtornos mentais que compartilham sintomas. A palestrante destaca que o diagnóstico diferencial é um processo crucial para a prática clínica, pois permite que os psicólogos identifiquem o transtorno específico que melhor explica os sintomas do paciente. A aula também destaca a importância de descartar condições médicas, uso de substâncias e transtornos factícios antes de determinar um diagnóstico.
Cinco Passos para um Bom Diagnóstico Diferencial
A palestrante apresenta cinco passos para realizar um bom diagnóstico diferencial, baseados na literatura científica. Esses passos são:
- Excluir transtorno factício: O primeiro passo é descartar a possibilidade de o paciente estar fingindo um transtorno para obter algum tipo de vantagem, como atenção ou carinho.
- Excluir uso de substâncias: O segundo passo é descartar a possibilidade de os sintomas serem causados pelo uso de substâncias químicas, como drogas ou medicamentos.
- Excluir transtorno devido à condição médica geral: O terceiro passo é descartar a possibilidade de os sintomas serem causados por uma condição médica geral, como problemas na tireoide ou infecções.
- Determinar o transtorno específico: O quarto passo é determinar qual transtorno mental primário do DSM melhor explica os sintomas do paciente.
- Estabelecer limites da existência de um transtorno mental: O quinto passo é estabelecer limites entre comportamentos normais e culturalmente aceitos, traços de personalidade e transtornos mentais.
Exemplos Práticos de Diagnóstico Diferencial
A palestrante apresenta cinco exemplos práticos de sintomas comuns e seus possíveis significados, ilustrando como o diagnóstico diferencial funciona na prática. Os sintomas abordados são:
- Questões comportamentais: A palestrante discute como problemas comportamentais em adolescentes podem ser indicativos de transtorno de conduta, TDAH, disruptivo da desregulação do humor ou transtorno opositor desafiante.
- Distraíbilidade: A palestrante discute como a distraíbilidade pode ser um sintoma de TDAH, uso de substâncias, delírium, transtorno bipolar ou transtorno psicótico.
- Alucinações: A palestrante discute como alucinações podem ser um sintoma de transtorno psicótico induzido por substâncias, delírium, transtorno conversivo, transtorno da personalidade borderline, transtorno psicótico breve ou esquizofrenia.
- Ansiedade: A palestrante discute como a ansiedade pode ser um sintoma de TAG, transtorno de pânico, agorafobia, fobia específica, transtorno de ansiedade de doença, TOC ou depressão com sintomas ansiosos.
- Autolesão não suicida: A palestrante discute como a autolesão não suicida pode ser um sintoma de transtorno bipolar, transtorno da personalidade borderline, transtorno psicótico ou transtorno de conduta.
Diagnóstico Diferencial entre Transtornos Específicos
A palestrante apresenta vários casos clínicos fictícios para ilustrar o diagnóstico diferencial entre transtornos específicos, incluindo:
- Bipolar tipo 1 vs. Esquizofrenia vs. Esquizoafetivo: A palestrante apresenta o caso de Juliana, que apresenta episódios de euforia, delírios persecutórios e alucinações auditivas, e discute como diferenciar entre bipolar tipo 1, esquizofrenia e esquizoafetivo.
- Transtorno da Personalidade Borderline vs. Transtorno Bipolar: A palestrante apresenta o caso de Camila, que apresenta instabilidade emocional, impulsividade e comportamentos autolesivos, e discute como diferenciar entre transtorno da personalidade borderline e transtorno bipolar.
- TOC vs. Sintomas Psicóticos: A palestrante apresenta o caso de Lucas, que apresenta crenças rígidas, comportamentos ritualísticos e medo de que seus pensamentos causem eventos catastróficos, e discute como diferenciar entre TOC e sintomas psicóticos.
- Transtorno Depressivo Maior vs. Distimia: A palestrante apresenta o caso de Helena, que se sente triste, sem energia e com baixa autoestima, e discute como diferenciar entre transtorno depressivo maior e distimia.
- TAG vs. TOC: A palestrante apresenta o caso de Camila, que se sente ansiosa, tem pensamentos ruminativos e verifica várias vezes se fez algo corretamente, e discute como diferenciar entre TAG e TOC.
- Transtorno de Pânico vs. TAG: A palestrante apresenta o caso de Renato, que tem crises de ansiedade súbitas e recorrentes, e discute como diferenciar entre transtorno de pânico e TAG.
- Transtorno da Personalidade Obsessiva Compulsiva vs. TOC: A palestrante apresenta o caso de Eduardo, que é perfeccionista, rígido com regras e horários, e tem dificuldade de delegar tarefas, e discute como diferenciar entre transtorno da personalidade obsessiva compulsiva e TOC.
- Transtorno do Espectro Autista vs. TDAH: A palestrante apresenta o caso de André, que tem dificuldades de organização, baixa participação em grupo, isolamento social e interesses restritos, e discute como diferenciar entre transtorno do espectro autista e TDAH.
- Transtorno da Personalidade Antissocial vs. Transtorno de Conduta: A palestrante apresenta o caso de Vinícius, que tem histórico de comportamentos violadores, desprezo por normas sociais e ausência de remorso, e discute como diferenciar entre transtorno da personalidade antissocial e transtorno de conduta.
- TOD vs. Transtorno de Conduta: A palestrante apresenta o caso de Laura, que tem comportamento desafiador, questiona ordens e é hostil com figuras de autoridade, e discute como diferenciar entre TOD e transtorno de conduta.
- TAG vs. TDAH: A palestrante apresenta o caso de Maria, que tem dificuldades de concentração, pensamentos acelerados, esquecimento frequente e procrastinação, e discute como diferenciar entre TAG e TDAH.
- Transtorno da Personalidade Narcisista vs. Transtorno da Personalidade Antissocial: A palestrante apresenta o caso de Ricardo, que se sente superior, tem necessidade de admiração e manipula as pessoas para conseguir o que quer, e discute como diferenciar entre transtorno da personalidade narcisista e transtorno da personalidade antissocial.
- Fobia Específica vs. Agorafobia: A palestrante apresenta o caso de Tatiane, que tem ansiedade ao utilizar elevadores, e discute como diferenciar entre fobia específica e agorafobia.
Especificadores e Comorbidades Comuns
A palestrante discute os especificadores e comorbidades mais comuns em três transtornos prevalentes: bipolar, depressão e TAG.
- Transtorno Bipolar: A palestrante discute os especificadores comuns no transtorno bipolar, como tipo de episódio (maníaco, hipomaníaco ou depressivo), presença de sintomas ansiosos, características psicóticas, catatonia, início (periparto ou sazonal) e gravidade (leve, moderado ou grave). A palestrante também discute as comorbidades mais comuns, como ansiedade social, TDAH, controle de impulsos, transtorno de conduta, transtorno explosivo intermitente e transtorno por uso de substâncias.
- Transtorno Depressivo Maior: A palestrante discute os especificadores comuns no transtorno depressivo maior, como presença de sintomas ansiosos, características psicóticas, catatonia, início (periparto ou sazonal) e gravidade (leve, moderado ou grave). A palestrante também discute as comorbidades mais comuns, como ansiedade, uso de substâncias, transtorno de pânico, TOC, anorexia nervosa, bulimia nervosa e borderline.
- TAG: A palestrante discute as comorbidades mais comuns no TAG, como outros transtornos de ansiedade (ansiedade social, pânico), transtornos de humor (depressão), transtornos relacionados a uso de substâncias, transtornos alimentares (anorexia, bulimia, compulsão alimentar) e transtornos de personalidade (borderline). A palestrante também discute o especificador de gravidade (leve, moderado ou grave) no TAG.
Diagnósticos Excludentes do DSM-5TR
A palestrante apresenta uma lista de diagnósticos excludentes do DSM-5TR, que não podem coexistir no mesmo paciente. A palestrante destaca que essa lista é um recurso valioso para os psicólogos, pois ajuda a evitar diagnósticos errôneos e a garantir que os pacientes recebam o tratamento mais adequado. A palestrante também enfatiza que essa lista foi criada com base em uma análise detalhada do DSM-5TR, e que ela está disponível para download gratuito para os espectadores da aula ao vivo.
Homenagem a Bruno Soalheiro
A aula termina com uma homenagem a Bruno Soalheiro, um psicólogo que faleceu precocemente em 11 de abril de 2025. A palestrante destaca a importância do trabalho de Bruno na defesa da psicologia baseada em evidências e na luta por uma psicologia séria e ética no Brasil. A palestrante também compartilha suas experiências pessoais com Bruno, incluindo suas conversas sobre psicologia baseada em evidências e sua admiração por sua liderança e coragem. A palestrante dedica a aula à memória de Bruno e expressa sua tristeza pela sua perda.