Aula Português Instrumental 1

Aula Português Instrumental 1

Breve Resumo

Este vídeo introdutório sobre português instrumental explora a diferença entre língua portuguesa e português instrumental, definindo linguagem e língua sob a perspectiva da linguística. Aborda os níveis da língua, as variedades linguísticas, a linguagem verbal e não verbal, os elementos da comunicação e as funções da linguagem, ilustrando cada conceito com exemplos práticos e do cotidiano.

  • Explora a diferença entre língua portuguesa e português instrumental.
  • Define linguagem e língua sob a perspectiva da linguística.
  • Apresenta os níveis da língua e as variedades linguísticas.
  • Explica a linguagem verbal e não verbal com exemplos práticos.
  • Detalha os elementos da comunicação e as funções da linguagem.

Introdução ao Português Instrumental

A professora Claudiane Aparecida de Souza inicia a aula de português instrumental, destacando a importância da norma culta para o "bem falar". Ela propõe uma reflexão sobre o conceito de português instrumental e sua distinção em relação à língua portuguesa em geral. O português instrumental é definido como a norma culta da língua, contrastando com a linguagem coloquial, regional e as diversas formas de comunicação verbais e não verbais.

Linguagem e Língua: Uma Perspectiva Linguística

A professora explica o conceito de linguagem sob a ótica da linguística, definindo-a como qualquer processo de comunicação, incluindo a linguagem corporal, a linguagem de sinais (Libras) e a linguagem escrita (textos, poesias, ofícios, cartas, dissertações, TCCs, artigos científicos e e-mails). Além disso, são mencionados outros tipos de linguagem, como o teatro e as charges. A língua é apresentada como um sistema de signos vocais, um conjunto organizado de elementos (sons) utilizados como meio de comunicação.

Língua Escrita vs. Língua Falada e o Conceito de Signo

A aula aborda a distinção entre língua escrita e língua falada, citando o conceito de língua como um conjunto de palavras e expressões usadas por um povo, um sistema de signos e regras de combinação que constituem a linguagem oral ou escrita de uma coletividade. O signo é definido como o elemento utilizado para representar um objeto, composto pelo significante (a parte material ou objeto) e o significado (a ideia que desejamos representar).

Níveis e Variedades da Língua

A professora discute os níveis da língua e as variedades linguísticas, que ocorrem de acordo com condições sociais, culturais, regionais e históricas. Ela explica que, dentro das variedades de uma língua, existe a língua padrão (culta) e a não padrão (popular ou coloquial), exemplificando com gírias e variações regionais para a mesma palavra (mandioca, aipim, macaxeira). Além disso, são mencionadas a linguagem técnica (jurídica), a linguagem literária, a gíria e o jargão.

Linguagem Verbal e Não Verbal

A aula explora a linguagem verbal e não verbal, utilizando exemplos como sinais de trânsito (proibido estacionar, proibido fumar) e felicitações de aniversário. A linguagem verbal é ilustrada com uma tirinha do Armandinho, onde há um diálogo entre pai e filho.

Elementos da Comunicação

A professora detalha os elementos da comunicação, apresentando um organograma que inclui a mensagem, o emissor, o receptor, o contexto, o canal e o código. O emissor é quem emite e codifica a mensagem, o receptor é quem a recebe, o canal é onde a mensagem circula e o código é o conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem.

Funções da Linguagem

A aula aborda as funções da linguagem, explicando que o ato de escrever e falar impõe ao autor intenções e objetivos com relação ao receptor. Os recursos utilizados para transmitir a mensagem são chamados de funções da linguagem. São apresentadas e exemplificadas as seguintes funções: referencial ou denotativa, emotiva ou expressiva, apelativa ou conotativa, fática, poética e metalinguística.

Função Referencial e Emotiva

A função referencial é centralizada no referente, buscando oferecer informações factuais com linguagem objetiva e direta, como em notícias de jornal e livros científicos. A função emotiva, por sua vez, é centralizada no produtor do texto, revelando sua opinião e emoção, predominando a primeira pessoa do singular, como em biografias, poesias líricas e cartas de amor.

Função Apelativa ou Conotativa

A função apelativa ou conotativa centraliza-se no receptor, buscando influenciar seu comportamento, como no uso de pronomes (você), vocativos e imperativos, sendo comum em sermões e propagandas. O exemplo utilizado é o bombom Serenata de Amor, que apela ao consumidor através de mensagens emotivas e do verbo no imperativo ("morde aqui").

Função Fática

A função fática é centralizada no canal, com o objetivo de estabelecer, encerrar ou prolongar o contato, testando sua eficiência. É comum em conversas telefônicas, saudações e similares, e pode incluir emojis como forma de linguagem não verbal.

Função Poética

A função poética centra-se na construção da mensagem, utilizando recursos imaginativos e linguagem conotativa, valorizando as palavras e suas combinações. É encontrada em obras literárias, letras de música e algumas propagandas, onde a linguagem é usada de modo especial e criativo.

Função Metalinguística

A função metalinguística é centralizada no código, utilizando a linguagem para falar dela mesma, como em poesias que falam da poesia, textos que comentam outros textos e dicionários. O exemplo apresentado é a definição da palavra "estética" em um dicionário, onde a língua portuguesa é usada para explicar um termo da própria língua.

Encerramento

A professora encerra a aula, expressando o desejo de que os alunos tenham gostado e que utilizem as funções da linguagem.

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