Breve Resumo
Este vídeo explora a importância da gestão ativa de investimentos em ações, contrastando com a estratégia passiva de "comprar e esquecer". Otávio Magalhães argumenta que, embora o investimento de longo prazo seja fundamental, uma gestão ativa, que envolve compras e vendas estratégicas, pode gerar retornos significativamente superiores. Ele destaca que o mercado brasileiro, com suas oscilações, oferece oportunidades para investidores ativos se beneficiarem, comprando na baixa e vendendo na alta.
- A gestão ativa pode superar os resultados do CDI a longo prazo.
- A importância de comprar ações quando estão baratas e vender quando estão caras.
- A necessidade de estudo e acompanhamento constante do mercado.
Introdução
André Cadour introduz o tema da gestão ativa de carteira, mencionando um vídeo recente com Otávio Magalhães da Gepardo Investimentos. Ele destaca a importância de não apenas escolher bons ativos e mantê-los, mas também de pesquisar, analisar e realizar movimentos estratégicos para potencializar os ganhos. A gestão ativa é apresentada como uma forma de otimizar os resultados no longo prazo, em vez de simplesmente "comprar e esquecer".
A Falácia do "Comprar e Esquecer"
Otávio Magalhães argumenta que a estratégia de "comprar e esquecer", defendida por alguns grandes investidores, pode não ser a mais eficaz para obter ganhos excepcionais. Ele aponta que, em muitos casos, investir no CDI pode ser mais vantajoso e menos arriscado do que manter ações que não performam bem. A gestão ativa, por outro lado, permite que o investidor aproveite as flutuações do mercado para comprar ações a preços baixos e vender a preços altos, potencializando os retornos.
Como a Gestão Ativa Potencializa Ganhos
Magalhães explica que a gestão ativa envolve realizar compras e vendas pontuais para maximizar os resultados. Ele sugere vender um pouco quando as ações sobem muito no curto prazo e reinvestir quando surgem novas oportunidades de investimento a preços mais baixos. Ele usa o exemplo do Banco do Brasil para ilustrar como uma queda repentina pode anular ganhos significativos, e como a gestão ativa pode mitigar esse risco.
A Importância do Estudo e Preparo
O vídeo enfatiza que a gestão ativa requer estudo, preparo e acompanhamento constante do mercado. Não se trata de ser um "trader maluco" que compra e vende a todo momento, mas sim de tomar decisões informadas com base em análises e projeções. Magalhães ressalta que até mesmo os grandes investidores que defendem o longo prazo praticam a gestão ativa, vendendo quando os preços estão altos e comprando quando estão baixos.
Brasil vs. Estados Unidos: Mercados Distintos
Magalhães destaca que o mercado brasileiro é diferente do americano, com ações que sobem e descem de forma mais abrupta. Ele argumenta que, no Brasil, é crucial aproveitar essas movimentações para se beneficiar delas, em vez de ser refém delas. Ele menciona que prefere ter surpresas positivas e evitar surpresas negativas, e que, por isso, vende seus papéis quando eles se aproximam da rentabilidade da renda fixa.
Estratégias de Venda e Alocação
O vídeo aborda as diferentes situações em que Magalhães vende suas ações. Ele menciona que vende quando encontra uma empresa ainda mais barata para comprar, mesmo que a empresa que ele está vendendo ainda seja lucrativa. Ele também vende quando percebe que cometeu um erro na análise qualitativa da empresa, desfazendo-se da ação a qualquer preço para investir em algo melhor.
Erros e Acertos no Desinvestimento
Magalhães compartilha que, em 24 anos, sua empresa cometeu sete erros de investimento, dos quais quatro empresas entraram em recuperação judicial anos depois. Ele enfatiza que os desinvestimentos foram acertados, pois as ações continuaram a cair após a venda. Ele também menciona que o maior erro no desinvestimento é vender empresas boas cedo demais, não aproveitando todo o potencial de valorização.
O Caso da Weg e a Importância das Surpresas Positivas
Magalhães usa o exemplo da Weg para ilustrar como a falta de projeção de surpresas positivas pode levar a perder oportunidades de investimento. Ele admite que nunca comprou ações da Weg porque sempre a considerou cara, não prevendo o crescimento e as aquisições que a empresa realizaria. Ele reconhece que a Weg sempre foi uma empresa admirada, mas que a precificação nunca pareceu atrativa o suficiente.