Breve Resumo
Este episódio do "Larga Deu Sô" aborda diversos temas críticos do cenário político e social atual. Inicialmente, discute-se a queda na popularidade do governo Lula, conforme apontado por recentes pesquisas, e as implicações das sanções dos Estados Unidos a ministros do STF. A conversa também aborda a regulamentação das mídias sociais no Brasil, a guerra entre Ucrânia e Rússia, o escândalo de desvio de recursos do INSS e a controversa lei "antipiada", que criminaliza piadas consideradas racistas.
- Queda na popularidade do governo Lula e possíveis implicações eleitorais.
- Sanções dos EUA a ministros do STF e o impacto no cenário político brasileiro.
- Debate sobre a regulamentação das mídias sociais e a liberdade de expressão.
- Análise da guerra entre Ucrânia e Rússia sob uma nova perspectiva tecnológica.
- Escândalo do INSS e a necessidade de maior participação cidadã na política.
- Discussão sobre a lei "antipiada" e seus efeitos na liberdade de expressão e humor.
Aprovação do Governo Lula e Percepção da China
Uma nova pesquisa da Atlas Intel revela uma desaprovação crescente do governo Lula, atingindo 53,7%, um recorde negativo. A aprovação do presidente está em 45%, com uma tendência de queda desde o final de 2024. A avaliação do governo é igualmente negativa, com 52% considerando-o ruim ou péssimo. A pesquisa também aponta que 44% dos entrevistados veem a crescente influência da China no financiamento da dívida da América Latina como uma "armadilha de endividamento", indicando desconfiança em relação à proximidade de Lula com a China. Em um cenário eleitoral com Bolsonaro no primeiro turno, este obteria 46,7% das intenções de voto, superando Lula em todos os cenários de segundo turno com candidatos de direita.
Análise da Aprovação de Lula e Assistencialismo
Ainda há 40% da população que aprova o governo Lula, o que pode ser explicado pelo assistencialismo estatal, onde muitos esperam que o governo seja a fonte de sustento. Essa visão está enraizada na cultura brasileira, onde o sucesso é frequentemente associado a cargos públicos. A crise assistencial que se aproxima, com o governo enfrentando dificuldades para cumprir suas obrigações financeiras, pode levar a uma queda ainda maior na popularidade de Lula, especialmente com a projeção de falência em 2027. A natureza política de Lula, em vez de gestora, tende a agravar a situação econômica, com mais gastos equivocados e aumento de impostos.
Desafios Fiscais e Controle das Mídias Sociais
O Congresso mostra resistência ao aumento de impostos, percebendo que isso é prejudicial ao país, especialmente sem um ajuste fiscal concomitante. Projeta-se um apagão fiscal para 2027, mas já em 2025 os cortes serão necessários se a receita esperada do IOF não se concretizar, afetando áreas como o financiamento das universidades. A pesquisa atual, mesmo com a injeção de recursos feita por Lula, tende a piorar com a discussão sobre o INSS e o desvio de recursos dos idosos, que é amplamente associado ao governo. Lula busca o controle das mídias sociais, inclusive com a ajuda de especialistas chineses em regulamentação, o que exige cautela e juízo diante da complexa situação política e econômica do Brasil.
Sanções dos EUA e Mudanças na Mídia
O clima de despreocupação em relação às sanções dos Estados Unidos contra o ministro Alexandre de Moraes e outros envolvidos em censura e perseguição política está diminuindo. Há um receio crescente de associarem-se a Moraes, com figuras como Barroso se distanciando. Lula, por outro lado, manifestou apoio a Moraes, gerando críticas e possíveis consequências. As sanções podem levar bancos e a imprensa colaboracionista a se afastarem do governo para proteger seus interesses nos EUA. A aprovação de Donald Trump nos EUA está em 53,6%, refletindo apoio contínuo, e veículos de imprensa no Brasil têm mudado seu perfil editorial, possivelmente para evitar sanções americanas.
Regulamentação das Mídias Sociais e Liberdade de Expressão
Lula defende a regulamentação das mídias sociais pelo Congresso ou pela Suprema Corte, alinhando-se com a ideia de controle. Ele planeja trazer especialistas chineses para auxiliar na regulamentação, o que levanta preocupações sobre a liberdade de expressão. A narrativa de que "dois ou três cidadãos" controlam as mídias sociais é vista como uma simplificação, já que a direita tem uma repercussão mais difusa e plural. A liberdade proporcionada pelas big techs é o principal problema para o governo, que busca regulamentar para evitar discursos de ódio e "mentiras", embora o próprio governo seja acusado de disseminar informações falsas.
Guerra na Ucrânia e Avanços Tecnológicos
A Rússia intensificou a invasão da Ucrânia, mas a Ucrânia realizou um ataque significativo com drones, atingindo 50 bombardeiros russos, causando um prejuízo estimado em 7 bilhões de dólares. Esse ataque demonstra uma mudança de paradigma na guerra, com o uso de tecnologia e inteligência para compensar a falta de recursos. A Ucrânia, com poucos recursos e muita inteligência, conseguiu demonstrar a vulnerabilidade da Rússia. A guerra também impulsionou avanços tecnológicos, como drones ligados por fibra óptica para evitar interferências, mostrando uma rápida adaptação e inovação no campo de batalha.
Escândalo do INSS e a Corrupção Sistêmica
O escândalo do INSS, envolvendo deputados e senadores, escalou para o STF, com suspeitas de ligações com parlamentares que se opuseram ao maior controle das contas do INSS em 2019. O vice-presidente Geraldo Alckmin pode ser chamado como testemunha em um processo contra Nicolas Ferreira, devido a declarações passadas sobre Lula. O esquema de corrupção, estimado em mais de 90 bilhões de reais, envolve cúmplices no judiciário, parlamento, executivo e sindicatos, com a exclusão do sindicato do irmão de Lula nas investigações. A impunidade prevalece, e não há esperança de solução pelos meios normais, com o STF controlando o que será julgado.
Lei "Antipiada" e a Criminalização do Humor
O comediante Léo Lins foi processado e pode pegar 8 anos de prisão sob a lei "antipiada", que equipara injúria racial ao crime de racismo. A lei, sancionada por Lula, considera ofensas a grupos minoritários como crimes imprescritíveis e inafiançáveis, com penas aumentadas quando ocorrem em contextos de descontração. A interpretação de "minoria" é complexa, podendo referir-se a grupos numericamente maiores, mas com menor representatividade social. A lei é criticada por restringir a liberdade de expressão e punir pessoas desavisadas, criando um ambiente de medo e autocensura. A cultura do "malandro" brasileiro, presente no Palácio do Planalto, restringe a liberdade e impõe restrições, inclusive ao humor.