Breve Resumo
O vídeo explora as sete últimas palavras de Cristo na cruz, comparando-as com o Sermão da Montanha e destacando a importância da cruz como símbolo central do cristianismo. Aborda temas como perdão, misericórdia, sofrimento com sentido (sacrifício), a busca pela felicidade em Deus, a necessidade de carregar a própria cruz, e a esperança no paraíso.
- As sete palavras são divididas em três grupos: perdão aos inimigos, salvação dos pecadores arrependidos e entrega aos santos.
- A cruz é apresentada como a interrupção da violência e a escola para aprender a viver as bem-aventuranças.
- A importância da fé, humildade, submissão à vontade de Deus e a busca pela santidade na vida cotidiana são enfatizadas.
A cruz de Cristo e a nossa cruz
As últimas sete palavras de Cristo na cruz são comparadas ao Sermão da Montanha, onde Jesus propôs uma nova forma de felicidade baseada na pobreza, mansidão, justiça, misericórdia, pureza, promoção da paz e perseguição. Os santos são aqueles que levam a sério o desapego do mundo, seja se distanciando dele ou permanecendo nele sem se apegar. Cristo na cruz convida a renunciar ao que parece importante, crucificando tudo isso e assumindo a própria cruz, que representa o sofrimento com sentido, ou seja, o sacrifício.
O sermão da montanha
O Sermão da Montanha é um dos dois grandes sermões de Jesus, onde Ele apresenta uma forma revolucionária de alcançar a felicidade. Essa felicidade reside na pobreza de espírito, na mansidão, na fome e sede de justiça, na misericórdia, no luto, na pureza de coração, na promoção da paz e na perseguição por causa da justiça. Ao fazer isso, Jesus ensina a depositar a felicidade exclusivamente em Deus.
A importância da ascese
A ascese, a mortificação e o sacrifício são práticas importantes para lembrar que não somos cidadãos deste mundo, mas sim que nossa pátria está no céu, preparada por Cristo. O segundo grande sermão de Cristo, proferido na cruz através de suas sete palavras, demonstra a realização prática desse projeto, convidando os fiéis a renunciar a tudo que os afasta de Deus.
Conversão e amor na vida humana
A conversão e o amor são elementos centrais na vida humana, guiando os indivíduos a renunciar a tudo que os desvia de Deus. A cruz de Cristo, símbolo máximo do cristianismo, convida a assumir a própria cruz, que representa o sofrimento com sentido, transformado em sacrifício. A vida cristã deve ser uma vida de renúncias, mortificações e ascese, demonstrando a virtude do sofrimento, chamada paciência.
As sete palavras de Cristo e a nossa cruz
Cristo na cruz, o maior símbolo cristão, leva os fiéis a assumirem suas próprias cruzes. A cruz, no contexto cristão, representa o sofrimento com sentido, transformado em sacrifício. A vida deve ser uma vida sacrificada, de renúncias e mortificações, demonstrando a virtude do sofrimento, que é a paciência.
A cruz é o sofrimento com sentido: sacrifício
A cruz, no vocabulário cristão, representa o sofrimento com sentido, que se manifesta como sacrifício. A vida cristã deve ser uma vida de sacrifício, renúncias e mortificações, demonstrando a virtude do sofrimento, chamada paciência. A paciência, no sentido cristão, significa padecer como Nossa Senhora fez diante da cruz, com firmeza e consciência de que os sofrimentos deste mundo são leves e passageiros em comparação com a glória eterna no céu.
As sete palavras de Cruz na cruz e a nossa fé
As sete palavras de Cristo na cruz são um objeto de meditação na Sexta-feira Santa, durante um sermão tradicional que dura do meio-dia às 3 horas da tarde. Comparadas a outros elementos da fé católica, como as 14 estações da Via Sacra e os 20 mistérios do Rosário, as sete palavras são talvez as menos conhecidas. O objetivo é divulgá-las, memorizá-las e contemplá-las constantemente, pois são um profundo alimento espiritual e uma síntese da fé.
O sentido do número 7 na Bíblia
Desde que Deus abençoou o sétimo dia, o número sete se tornou um símbolo de perfeição, totalidade e completude. Ao contrário do número seis, que representa o que falta, o sete indica que nada está ausente. As sete palavras de Cristo, registradas pelos evangelistas, indicam essa totalidade.
Jesus Cristo rei dos judeus
Jesus Cristo foi crucificado como rei dos judeus, e Pilatos manteve essa inscrição no topo da cruz, escrita em hebraico, grego e latim. Esse rei usa uma coroa de espinhos e está no trono da cruz, de onde reina com o poder do seu coração. Ao ser elevado, atrai todos a si, referindo-se à sua subida aos céus e à Páscoa, que se dá pela elevação na cruz.
A cruz é o trono de Nosso Senhor Jesus Cristo
A cruz é o trono de Jesus Cristo, de onde ele reina e governa. Seu poder não reside na força física, mas no poder do seu coração. Assim como Moisés elevou a serpente de bronze para curar o povo, a cruz cura e exorciza os pecados e as falsas visões de felicidade. Santo Tomás de Aquino afirma que a felicidade plena se encontra no crucificado, no amor incondicional que leva a dar a vida por quem se ama.
Profeta Isaías e o servo sofredor
O profeta Isaías, no capítulo 53, descreve o sofrimento e a crucificação de Jesus no quarto cântico do servo sofredor. Isaías profetiza que Jesus seria desprezado, abandonado, sujeito à dor e familiarizado com o sofrimento. Ele carregaria os sofrimentos e as dores do povo, sendo traspassado por suas transgressões e esmagado por suas iniquidades, trazendo a paz e a cura através de suas feridas.
A sabedoria da cruz
A cruz é a grande escola que ensina a viver as bem-aventuranças na prática. A contemplação da cruz é fundamental na vida cristã, extraindo dela a norma, a regra e o plano de vida. O cristão deve aprender a sofrer, amar sua vocação e desejar completar em sua carne o que falta aos sofrimentos de Cristo, tornando-se corredentor ao carregar sua cruz.
A ordem das sete palavras de Cristo na cruz
As sete palavras de Cristo na cruz podem ser organizadas em três grupos. No centro, a quarta ("Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?") e a quinta ("Tenho sede") palavra tratam do sofrimento da alma e do corpo, respectivamente. No final, a sexta ("Tudo está consumado") e a sétima ("Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito") palavra tratam da entrega e da consumação. As três primeiras palavras mostram a ordem de quem Jesus veio salvar: primeiro os inimigos, depois os pecadores arrependidos e, por fim, os santos.
(2) As sete palavras de Cristo na cruz
Continuação da análise das sete palavras de Cristo na cruz.
“Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem”
A primeira palavra de Jesus na cruz, "Pai, perdoa-lhes, pois eles não sabem o que fazem", demonstra seu amor e misericórdia pelos seus inimigos. O verbo "dizia" indica uma ação contínua, mostrando que Jesus repetia essa frase enquanto sofria. Ele pede perdão por aqueles que o crucificavam, mesmo sem que eles pedissem, seguindo o ensinamento do Sermão da Montanha de amar os inimigos e perdoar os que ultrajam.
O amor e a misericórdia de Cristo em meio ao sofrimento
Cristo, mesmo em meio ao sofrimento, demonstra amor e misericórdia, orando por seus inimigos e desejando o bem para seus perseguidores. Ele ensina a ser esperto como as serpentes e inocente como as pombas, amando até mesmo aqueles que praticam o mal. Ao pedir perdão por aqueles que não sabem o que fazem, Jesus assume a culpa para si, como se não tivesse se revelado suficientemente.
O perdão está no centro do magistério de Cristo
O perdão está no centro do ensinamento de Cristo, como expresso na oração do Pai Nosso. A condição para receber o perdão é perdoar aqueles que nos ofenderam. Nada aproxima mais os homens do que pedir perdão e nada os aproxima mais de Deus do que perdoar. Quem não perdoa não ama, guarda ressentimento e não encontrou a libertação e a paz verdadeiras.
A cruz é a interrupção da violência
A cruz representa a interrupção do ciclo de violência. Ao ensinar a dar a outra face, Jesus interrompe a escalada da violência. É preciso aprender a sofrer com dignidade e perdoar, mesmo sem que o perdão seja solicitado. Quem não perdoa é orgulhoso, soberbo e se sente superior aos outros.
A crucifixão de Cristo e o perdão dos pecados
A misericórdia é a palavra-chave da primeira frase de Cristo na cruz. Ele via a miséria do coração das pessoas e desejava convertê-las e amá-las até o fim. Mesmo os protagonistas de sua morte poderiam ter sido perdoados se tivessem se arrependido. O santo não é quem não peca, mas sim quem tem consciência radical de seu pecado e se arrepende.
Deus é nosso Pai
O ensinamento de Cristo se baseia no reconhecimento de que Deus é nosso Pai e nós somos seus filhos. Somos batizados na morte de Cristo para nos tornarmos filhos no Filho. A oração do Pai Nosso nos torna filhos de Deus Pai e irmãos de toda a humanidade. O cristão é fraterno, aberto, amoroso e sempre disposto a perdoar e acolher com misericórdia.
Jesus é misericordioso e justo
Jesus é misericórdia e justiça, buscando o arrependimento e a conversão de todos.
“Hoje estarás comigo no Paraíso”
A segunda palavra de Jesus na cruz, "Hoje estarás comigo no Paraíso", é dirigida ao bom ladrão, que representa os pecadores arrependidos. Os dois ladrões crucificados com Jesus representam duas reações ao sofrimento: a revolta e o desespero, e a esperança. O bom ladrão demonstra esperança de que o sofrimento não tem a última palavra e que é transitório.
As falsas promessas deste mundo
A vida terrena é uma passagem rápida e incômoda. Se a esperança em Cristo for apenas para esta terra, os cristãos seriam os mais dignos de compaixão. O santo está crucificado para este mundo, mas ordena as coisas deste mundo para Deus. Poder, prazer, honra e dinheiro são perigosos, pois podem se tornar ídolos.
O bom ladrão, São Dimas, pede o Reino de Deus
O bom ladrão pede o Reino de Deus, assim como na oração do Pai Nosso. Ele pede a Jesus para se lembrar dele, demonstrando intimidade e proximidade. Basta uma gota de amor e misericórdia no coração de um pecador arrependido para que Jesus o absolva plenamente. Jesus garante o céu para este homem, que é considerado o primeiro santo canonizado.
Nós fomos feitos para o Paraíso ao lado de Jesus
O objetivo da vida é o paraíso. O coração humano tem um vazio do tamanho de Deus, que só pode ser preenchido por Ele. Tentar preencher esse vazio com coisas materiais é como tentar secar o oceano com terra da praia. É preciso despojar-se do prazer, do poder e da honra para ser feliz.
Bem-aventurados os que choram
A bem-aventurança dos que choram significa morrer para este mundo e reconhecer que ele é um vale de lágrimas. Ao reconhecer isso, o indivíduo é consolado pela esperança da glória eterna. O choro esvazia este mundo, e é bom não ter esperança para ele.
Nunca ninguém está perdido
Nunca ninguém está perdido. Não se sabe se Judas está no inferno. Há esperança para todos, mesmo para os pecadores impenitentes. Os pecados contra a esperança são a presunção e o desespero. A virtude que despontou no coração do bom ladrão foi a esperança.
“Mulher, eis o teu filho. Eis a tua mãe”
A terceira palavra de Jesus na cruz, "Mulher, eis o teu filho. Eis a tua mãe", é dirigida a Maria e a João, representando os santos que o acompanharam até o momento crucial. A primeira camada de sentido é o cuidado com Maria, que, como viúva, não tinha direitos civis. Jesus a confia a João, garantindo seu sustento e cuidado.
Maria, Mãe da Igreja e dos cristãos
Nesse momento, Maria se torna mãe dos cristãos, e todo cristão se torna filho de Maria. Jesus a chama de "mulher" porque ela é a nova Eva, a quem se refere a profecia do Gênesis sobre a inimizade entre a mulher e a serpente. Maria é a primeira e mais fiel discípula de Cristo.
A relação entre as bodas de Caná e a cruz
Há uma relação direta entre as bodas de Caná e a cruz. Nas bodas, há água e vinho; na cruz, saem do lado aberto de Jesus água e vinho, simbolizando o batismo e a eucaristia. Maria antecipou o ministério público de Cristo nas bodas de Caná e estava presente em Pentecostes.
O sim de Maria e a Redenção de Cristo
O "sim" de Maria na anunciação é mais importante do que o "faça-se" de Deus na criação do mundo, pois ela autorizou a encarnação do Verbo de Deus. Maria estava presente na anunciação, no primeiro milagre de Jesus e em Pentecostes.
São João acolheu Nossa Senhora
A virtude que Maria ensina é a fortaleza, sofrer de pé, sabendo que quando se é fraco, é que se é forte. Maria sentia cada uma das dores de Cristo. João acolheu Maria em sua intimidade, em sua vida de oração. Maria é mestra de oração e intimidade.
Os sofrimentos de Jesus Cristo
É preciso ter Maria sempre aos pés da cruz, pois sem ela nenhuma cruz é suportável, e com ela todas as cruzes são suportáveis e caminhos para a conversão.
“Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
A quarta palavra de Jesus na cruz, "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?", expressa a dor na alma, o sofrimento espiritual de Cristo, que se sente abandonado por Deus. Jesus nasce de noite, e os pastores veem um clarão no céu; Jesus morre de dia, e surgem trevas durante três horas.
Jesus recita o Salmo 22
Jesus cita o começo do Salmo 22, um salmo de esperança, fé e confiança na presença de Deus, mesmo na escuridão. O salmo começa com uma sensação de abandono, mas termina com a certeza de que Deus ouve. Jesus sente a presença do Pai e evoca essa presença em seu interior.
Somos batizados na morte de Cristo
Somos batizados na morte de Cristo para morrer o homem velho e nascer o homem novo, o homem espiritual que quer o céu. É preciso beber o cálice que o Pai oferece. Mesmo Cristo pediu para afastar o cálice, mas que fosse feita a vontade do Pai.
O abandono a Deus e a virtude da fé
A virtude da fé se realiza pelo abandono a Deus, confiando que Ele sabe o que é bom. É fácil louvar a Deus quando tudo vai bem, mas é preciso recobrar forças e abandonar-se a Ele quando há doença, morte e sofrimento.
“Tenho sede”
A quinta palavra de Jesus na cruz, "Tenho sede", expressa o sofrimento físico de Cristo. Além da sede física, essa frase representa a fome e sede de justiça, uma das bem-aventuranças do Sermão da Montanha.
A justiça de Deus é a Redenção
A justiça de Deus é a redenção dos homens. Jesus tem sede de almas, da bebida espiritual que é a Eucaristia. Essa frase revela a virtude do sacrifício, do trabalho custoso, do sentido de missão e da vocação.
A sede de Jesus Cristo
Jesus tem sede de discípulos, de almas, de santos. Ele quer outros discípulos como João para recostar a cabeça em seu peito e outros que receberão seu corpo eucarístico. Ele instaurou o sacerdócio católico na última ceia para que a Eucaristia continuasse sendo dada.
“Tudo está consumado”
A sexta palavra de Jesus na cruz, "Tudo está consumado", expressa a conclusão do seu trabalho. A virtude aqui é a da diligência, da laboriosidade, do trabalho incansável até o fim. O dia da morte é mais importante que o dia do nascimento, pois consuma a experiência nesta vida.
“Pai, em Tuas mãos entrego o meu espírito”
A última palavra de Jesus na cruz, "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito", expressa a humildade e a submissão à vontade de Deus. A virtude aqui é a confiança no Pai. Jesus cita o Salmo 31, que canta a confiança incondicional em Deus Pai.
Humildade e submissão à vontade de Deus
A virtude da humildade e da submissão à vontade de Deus são essenciais. É preciso enfrentar a morte com coragem e aceitar que vamos morrer. Cristo venceu o aguilhão da morte.
Jesus recita o Salmo 31
Jesus recita o Salmo 31, expressando sua confiança inabalável em Deus.
Jesus vence o orgulho aceitando a vontade de Deus
Jesus exorciza o pecado do egoísmo e do orgulho. Não se vive para si, mas para Deus. Os 10 mandamentos são 10 deveres, não 10 direitos. É preciso pensar mais nos deveres e menos nos direitos.
Deus é o sentido da nossa vida
O sentido da vida é Deus Pai, que nos criou, redimiu e santifica. Começamos e terminamos o dia em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. É a Ele que vamos entregar o espírito na hora derradeira.
Meditação sobre as sete palavras de Cristo na cruz
É importante meditar sobre as sete palavras de Cristo na cruz, repetindo-as e memorizando-as. Essas palavras dizem mais do que os ouvidos ouvem. É preciso pedir a Deus para comunicar algo mais, escutar Jesus falando e perguntar a Ele de que Ele tem sede.