Breve Resumo
O vídeo explora a "Guerra das Correntes", um momento crucial na história da eletricidade que definiu o padrão para a distribuição de energia elétrica. Aborda a disputa entre Thomas Edison, defensor da corrente contínua (CC), e Nikola Tesla, que promoveu a corrente alternada (CA) com o apoio de George Westinghouse. O vídeo destaca como a CA, apesar da campanha de difamação de Edison, provou ser mais eficiente para transmissão em longas distâncias, pavimentando o caminho para a eletrificação em larga escala.
- Thomas Edison foi o pioneiro na distribuição de energia elétrica com corrente contínua (CC), mas seu sistema tinha limitações de alcance.
- Nikola Tesla, com o apoio de George Westinghouse, desenvolveu a corrente alternada (CA), que permitia a transmissão de eletricidade em longas distâncias de forma mais eficiente.
- A "Guerra das Correntes" foi uma batalha entre os dois sistemas, com Edison tentando desacreditar a CA, mas a CA acabou prevalecendo devido à sua superioridade técnica e econômica.
Introdução
O vídeo discute como a eletricidade se tornou essencial na vida moderna, mencionando cidades verticalizadas e a dependência de elevadores. A eletricidade, como a conhecemos hoje, é uma invenção relativamente recente, datando do final do século XIX, graças a figuras como Thomas Edison, Nikola Tesla e Samuel Insull. O vídeo se propõe a analisar a "Guerra das Correntes", um evento histórico que tornou a eletricidade viável em termos técnicos.
Thomas Edison e a Iluminação de Wall Street
Em 4 de setembro de 1882, Thomas Edison iluminou o escritório de J.P. Morgan em Wall Street, marcando o início da era da eletricidade. No mesmo instante, 52 lâmpadas se acenderam nos escritórios do New York Times, que elogiou a nova luz. A usina de geração elétrica, financiada em parte por J.P. Morgan, atendia 2.590 km quadrados do sul de Manhattan. A primeira conta de luz foi emitida em 18 de janeiro de 1883, no valor de 50,44 dólares. Edison, já famoso por invenções como o telégrafo e o fonógrafo, era conhecido por sua capacidade de concentração e criatividade, impulsionada por sua surdez parcial.
A Fábrica de Invenções de Edison
O laboratório de Edison era uma "fábrica de invenções", produzindo uma pequena invenção a cada dez dias e uma grande a cada seis meses. A eletricidade era vista como sinônimo de invenção e riqueza, levando a uma "corrida do ouro da eletricidade". Edison queria substituir o lampião a gás, predominante na época, subdividindo a luz para levá-la aos lares. Apesar do ceticismo inicial, Edison sabia que precisava criar um sistema completo para gerar e distribuir eletricidade. Sua inventividade residia na capacidade de direcionar um processo desde a identificação do problema até o lançamento comercial.
O Desafio da Lâmpada e os Custos Crescentes
O desafio de Edison era criar uma lâmpada prática com um filamento que proporcionasse luz agradável por várias horas. Ele experimentou diversos materiais, incluindo fios da barba de seus empregados, até chegar aos filamentos de carbono feitos de algodão, papelão e bambu. O sucesso de Edison se devia à combinação de laboratório e empresa, mas os custos eram enormes, especialmente o preço do cobre para os fios. Os custos crescentes tensionaram suas relações com os investidores, mas J.P. Morgan se manteve satisfeito, mesmo após um incêndio causado pela fiação na biblioteca de sua mansão.
A Guerra das Correntes
Edison concentrou-se na criação de estações centrais de geração de energia, mas seu sistema de corrente contínua (CC) tinha um alcance limitado, exigindo uma usina a cada quilômetro quadrado. A corrente alternada (CA), por outro lado, resolvia esse problema. George Westinghouse adquiriu a patente de Nikola Tesla, que tornava a CA uma realidade concreta. Transformadores intensificavam a voltagem da eletricidade, permitindo o transporte econômico em longas distâncias, e a voltagem era reduzida no destino para distribuição. Isso possibilitava economias de escala e custos menores.
A Batalha Entre Edison e Westinghouse/Tesla
Iniciou-se uma "guerra de titãs" entre Edison e Westinghouse/Tesla. Edison, temendo perder, usou seu prestígio para denunciar a CA como insegura, alertando sobre eletrocussões acidentais. Ele eletrocutou animais para demonstrar os perigos da CA e chegou a associar a cadeira elétrica à Westinghouse. No entanto, a superioridade da CA não pôde ser ocultada, e o sistema acabou prevalecendo, diminuindo a participação de mercado de Edison e criando a base para a geração de eletricidade em grande escala.
O Legado da Guerra das Correntes
A companhia de Edison, Edison General Electric, foi forçada a se fundir com um concorrente, resultando na General Electric. Décadas depois, a GE contratou Ronald Reagan como porta-voz para sua campanha publicitária, promovendo o sonho americano do lar totalmente elétrico. A supremacia da eletricidade foi exibida na Feira Internacional de Chicago em 1893, onde a CA de Westinghouse/Tesla iluminou grande parte da feira. A guerra das correntes chegou ao fim, mas o sonho elétrico continuou a evoluir, com figuras como Samuel Insull desempenhando um papel vital.