O evangelho da graça de Deus contra a religião racionalista | Ed René Kivitz | 1 de setembro de 2024

O evangelho da graça de Deus contra a religião racionalista | Ed René Kivitz | 1 de setembro de 2024

Breve Resumo

Neste vídeo, o pastor explora a diferença entre a visão racionalista do ser humano e a perspectiva bíblica, argumentando que somos mais do que seres pensantes. Ele destaca a importância das emoções, especialmente o nojo, como um mecanismo de defesa que antecede a razão. A mensagem central é que a fé cristã não se baseia apenas no entendimento intelectual, mas principalmente na transformação das entranhas pelo Espírito Santo, resultando em atitudes de amor, compaixão e unidade.

  • A fé cristã vai além do racionalismo, transformando as emoções e atitudes.
  • A unidade em Cristo transcende divergências de opinião, promovendo respeito e amor.
  • A experiência com Deus envolve esvaziamento interior e rendição ao Espírito Santo.

Introdução: O Evangelho da Graça vs. Racionalismo

O pastor inicia a pregação contrastando o evangelho da Graça de Deus com a religião racionalista, que enfatiza a razão e o pensamento como elementos centrais do ser humano. Ele explica que a tradição ocidental, influenciada pela filosofia grega, vê o ser humano como um "sujeito pensante", mas a Bíblia apresenta uma perspectiva diferente. A ideia é que, ao contrário do que somos levados a crer, a inteligência e o conhecimento compartilhados não garantem concordância, pois as emoções e a experiência espiritual desempenham um papel fundamental.

A Emoção do Nojo e a Defesa da Alma

O pastor introduz o conceito de nojo como uma das emoções mais básicas e importantes do ser humano, citando estudos que mostram como essa repulsa instintiva serve como um mecanismo de autoproteção. Ele explica que, enquanto o nojo físico protege o corpo de substâncias nocivas, o nojo em um sentido mais amplo atua como uma defesa da alma, influenciando nossas preferências e aversões antes mesmo da reflexão consciente. A cultura e o ambiente moldam o que consideramos repulsivo, demonstrando que nossas reações não são puramente racionais.

Debates Eleitorais e a Irracionalidade Humana

O pastor usa o exemplo dos debates eleitorais para ilustrar como as emoções, e não a razão, frequentemente guiam nossas decisões. Ele compartilha experiências pessoais de conversas com pessoas de diferentes ideologias, onde a aversão a certos candidatos é visceral e não baseada em argumentos lógicos. Isso demonstra que o ser humano não é puramente racional e que as razões do coração muitas vezes superam a lógica da mente.

Filipenses 2: A Atitude de Cristo

O pastor lê Filipenses 2:1-11, enfatizando a importância de ter a mesma atitude de Cristo, que se esvaziou de sua divindade para servir a humanidade. Ele explica que, para Paulo, a unidade cristã não se baseia em concordância intelectual, mas em uma transformação interior que afeta as entranhas, gerando compaixão e humildade. Essa transformação nos leva a considerar os outros superiores a nós mesmos e a cuidar de seus interesses, refletindo o amor e a atitude de Jesus.

Comunhão no Espírito e a Transformação das Entranhas

O pastor aprofunda a ideia de que estar em Cristo e na comunhão do Espírito Santo transforma nossas entranhas, alterando nossas vontades e desejos. Ele explica que, na cultura judaica, as entranhas eram consideradas o centro das decisões e emoções, e que Jesus demonstrava compaixão ao ver as multidões, movido por algo que vinha de dentro. Essa transformação nos leva a sair de nós mesmos e a nos importar com os outros, priorizando o bem-estar do próximo.

Unidade em Meio à Diversidade

O pastor enfatiza que a unidade cristã não exige uniformidade de opinião, mas respeito e amor mútuo. Ele usa exemplos cotidianos, como torcer por times diferentes, para ilustrar como podemos divergir em nossas preferências e crenças sem que isso nos divida. A chave é a comunhão no Espírito e a atitude de acolhimento, que valoriza a identidade humana acima das ideias. Ele também compartilha uma experiência pessoal com sua esposa, mostrando como o amor e a unidade podem persistir mesmo em meio a desentendimentos.

1 Coríntios 2: A Revelação pelo Espírito

O pastor lê 1 Coríntios 2:9-16, destacando que as coisas que Deus preparou para nós estão além do nosso entendimento racional. Ele explica que Deus revela essas coisas a nós por meio do Espírito Santo, que sonda as profundezas de Deus e nos capacita a discernir verdades espirituais. Aqueles que não têm o Espírito não podem compreender essas coisas, pois elas lhes parecem loucura. No entanto, nós, que temos a mente de Cristo, somos capazes de discernir espiritualmente.

Esvaziamento e a Mente de Cristo

O pastor enfatiza que nossa identidade não é definida por nossa cultura, etnia ou educação, mas pela mente de Cristo. Ele nos desafia a transcender nossas limitações culturais e históricas, permitindo que o Espírito Santo nos transforme à imagem de Cristo. Ele nos encoraja a explicar nossos comportamentos e atitudes como resultado da mente de Cristo, demonstrando o amor, a justiça e a solidariedade que vêm de Deus.

O Evangelho da Graça vs. Religião Racionalista

O pastor conclui contrastando a religião racionalista, que busca enquadrar tudo em nossa compreensão, com o evangelho da Graça de Deus, que nos leva além de nossa razoabilidade. Ele nos convida a nos render à presença de Deus, esvaziando-nos de nossas referências interiores e exteriores, para que Ele possa tocar nossas vidas e transformar nossas entranhas. Ele cita Thomas Merton, que fala sobre a experiência de Moisés diante da sarça ardente, onde Deus nos chama a tirar as sandálias e a nos descalçar de nossas certezas para encontrá-Lo no vazio.

A Ceia do Senhor: Comer a Carne e Beber o Sangue de Cristo

O pastor convida a congregação a participar da Ceia do Senhor, explicando que não se trata apenas de entender Cristo, mas de comê-Lo e bebê-Lo, de ter uma experiência de unidade e transformação com Ele. Ele relata a reação dos discípulos ao ouvirem Jesus falar sobre comer sua carne e beber seu sangue, que se escandalizaram e tiveram nojo, pois isso ia contra a tradição religiosa. No entanto, Pedro reconheceu que só Jesus tem palavras de vida eterna, demonstrando que a fé vai além da razão e da tradição. O pastor encerra convidando a todos a se lançarem nos braços de Deus e a cantarem em unidade com os anjos, reconhecendo a santidade de Deus que transcende nossa compreensão.

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