Breve Resumo
O vídeo explora o conceito de obsolescência programada, onde produtos são projetados para se tornarem obsoletos ou não funcionais após um certo período, incentivando o consumo contínuo. Ele discute os diferentes tipos de obsolescência, incluindo a de desejabilidade e a de função, e como elas afetam os consumidores e o meio ambiente. O vídeo também aborda exemplos históricos e contemporâneos de obsolescência programada, desde os carros da Ford até os smartphones modernos, e examina os incentivos e desvantagens dessa prática.
- A obsolescência programada pode ser motivada por razões econômicas, ambientais ou de segurança.
- A competição entre empresas pode levar a produtos mais duráveis ou mais frágeis.
- Os consumidores desempenham um papel importante na estratégia de obsolescência, influenciados por design, falhas propositais e atualizações tecnológicas.
Introdução
O vídeo começa introduzindo a ideia de que os produtos atuais parecem não ser feitos para durar, mencionando exemplos como celulares e computadores que ficam mais lentos com o tempo e carros que rapidamente se tornam datados devido a mudanças estéticas. Essa introdução leva ao tema central da obsolescência programada, um fenômeno cada vez mais comum que, em alguns casos, pode ter motivos válidos e até consequências interessantes.
A obsolescência do conhecimento
Antes de abordar a obsolescência tecnológica, o vídeo faz uma breve propaganda da Alura, uma plataforma de educação em tecnologia. A Alura oferece uma variedade de cursos em áreas como programação, marketing e gestão, destinados a públicos de todos os níveis de experiência. O vídeo destaca a parceria de longa data com a Alura, oferecendo um desconto de 10% no plano através de um link na descrição do vídeo.
Obsolescência da Ford
O vídeo usa o exemplo de Henry Ford e seus primeiros carros para ilustrar o conceito de obsolescência. Ford produziu carros práticos, baratos e fáceis de reparar, que se tornaram extremamente populares. No entanto, a Ford enfrentou o problema da saturação do mercado, onde a maioria das pessoas que podiam comprar um carro já o havia feito. Uma história apócrifa sobre Henry Ford instruindo seus engenheiros a fazer peças que quebrassem mais cedo é mencionada, mas o vídeo aponta que não há evidências concretas disso. Em contraste, a GM adotou a estratégia de mudar o design dos carros anualmente, tornando os modelos antigos menos desejáveis e impulsionando as vendas de novos modelos.
Tipos de obsolescência
O vídeo explica que a estratégia da GM não é necessariamente obsolescência programada no sentido de quebrar algo, mas sim obsolescência de desejabilidade, onde um produto se torna ultrapassado porque as pessoas não querem mais o estilo antigo. Além disso, o vídeo introduz a obsolescência de função, que ocorre quando uma nova tecnologia ou exigência torna a tecnologia existente inviável. Exemplos incluem novos materiais que tornam os produtos mais baratos, mas também mais frágeis, e regulamentações ambientais que forçam a substituição de motores antigos por modelos mais eficientes.
Obsolescência para o bem
O vídeo discute como a obsolescência pode ser causada propositalmente para o bem comum, citando o exemplo de carros que se tornam obsoletos devido a exigências de emissão de gases e consumo de combustível. Acordos internacionais, como a COP26, visam acabar com a venda de carros a combustão até 2040, tornando os motores atuais obsoletos. A durabilidade dos carros a combustão se torna um problema, pois eles continuarão circulando mesmo após o fim da produção, dificultando a transição para uma frota totalmente elétrica.
Incentivos para obsolescência
O vídeo menciona o ensaio "Ending the Depression Through Planned Obsolescence" de Bernard London, que propôs a obsolescência programada como forma de estimular o consumo e acabar com a crise econômica. No entanto, essa ideia gerou incentivos negativos para os consumidores, como fabricantes que não adotam novas tecnologias em modelos atuais para tornar os novos produtos mais atraentes, celulares que não recebem mais atualizações de sistema ou que ficam mais lentos propositalmente, e materiais intencionalmente mais frágeis.
Estudos e durabilidade
Um estudo alemão de 2016 revelou que a proporção de eletrodomésticos que apresentaram problemas antes de 5 anos e precisaram ser substituídos mais que dobrou entre 2004 e 2013. O tempo de vida médio de eletrodomésticos como micro-ondas também diminuiu em alguns países. No entanto, o vídeo ressalta que é complicado tirar grandes conclusões desse estudo, pois não há um padrão claro de quanto os eletrodomésticos antigos duravam, e novas funcionalidades podem tornar o sistema mais frágil.
Reparabilidade
O vídeo aborda a questão da reparabilidade de celulares modernos, mencionando que muitos modelos ganharam pontuações terríveis nessa área. A dificuldade de trocar peças como a traseira de vidro, que é colada para tornar o celular à prova d'água, e as baterias soldadas ou grudadas tornam a manutenção mais cara. Embora seja possível fazer celulares com as mesmas funções e mais reparáveis, as funções mais recentes podem ter o custo de um produto mais frágil.
Contraponto
Em contraste com a tendência de obsolescência, o vídeo aponta que os carros estão ficando mais modernos, tecnológicos e complexos, mas também mais duráveis em termos de idade e quilometragem. Carros modernos têm o potencial de passar de 400 mil km e têm em média mais de 12 anos nos Estados Unidos, mesmo sendo mais complexos e cheios de itens de segurança. Da mesma forma, programas que são mantidos atualizados e desenhados para serem enxutos podem esticar muito a vida útil de sistemas e computadores.
Conclusão
O vídeo conclui que a obsolescência é uma dinâmica complicada, com exemplos ambíguos e muitos "poréns". A competição entre marcas e a criação de critérios de durabilidade pelos governos podem influenciar a durabilidade dos produtos. A obsolescência pode ser interessante para quem consome, mas o meio ambiente está sempre em jogo, com o consumo maior de recursos e a geração de mais lixo. O vídeo incentiva os espectadores a se manterem atualizados assinando o canal e acompanhando os próximos vídeos e podcasts.