Romanos 1  - Pr Hernandes Dias Lopes

Romanos 1 - Pr Hernandes Dias Lopes

Breve Resumo

Este vídeo é uma exposição detalhada de Romanos 1:1-13, focando no evangelho, na igreja e no apóstolo Paulo. A carta aos Romanos é destacada como um tratado teológico robusto, influente em momentos cruciais da história da igreja.

  • O evangelho é apresentado como tendo marcas distintas, incluindo o arauto, a fonte divina, a antiguidade nas escrituras, a essência em Jesus Cristo, a abrangência universal e a finalidade na obediência por fé.
  • A igreja é descrita como o povo amado de Deus, chamado para ser de Jesus Cristo, para ser santo e para dar testemunho da sua fé.
  • O apóstolo Paulo é caracterizado por sua gratidão pela igreja, suas orações incessantes, seu desejo de estar com a igreja e sua busca por uma relação de reciprocidade com os crentes.

Introdução

O vídeo inicia a exposição da carta aos Romanos, especificamente Romanos 1:1-13. É importante lembrar que Paulo escreveu esta carta ao sair de Éfeso a caminho de Jerusalém. Esta carta é considerada a mais robusta e densa em termos doutrinários de Paulo, mais um tratado teológico do que uma resolução de problemas e foi um instrumento chave em grandes movimentos da história da igreja, como a conversão de Agostinho, a Reforma do século XVI e o reavivamento na Inglaterra do século XVIII.

O Evangelho

O texto lido é sintetizado em três palavras: o evangelho, a igreja e o apóstolo. A carta aos Romanos possui a mais longa introdução de Paulo, tanto em relação ao remetente quanto aos destinatários. Paulo escreveu para uma igreja que não conhecia, manifestando seu desejo de visitá-los e compartilhar dons espirituais. Ele foi impedido de ir a Roma, o que resultou na escrita desta carta, um precioso legado doutrinário e teológico. Paulo apresenta o evangelho, destacando seis verdades essenciais.

O Arauto do Evangelho

Paulo se apresenta como servo de Jesus Cristo, um termo que denota humildade e honra, indicando que ele foi comprado por Cristo e está a serviço Dele. Ele foi chamado para ser apóstolo, uma posição que não é auto-atribuída nem concedida pela igreja, mas um chamado específico de Jesus. Os apóstolos foram testemunhas da ressurreição de Cristo e canais da revelação divina. Paulo enfatiza sua humildade como servo e sua autoridade como apóstolo, estabelecendo que os apóstolos e profetas são o alicerce da igreja. Ele foi separado por Deus para o evangelho desde antes de nascer, um chamado eterno e irrevogável.

A Fonte e a Antiguidade do Evangelho

A fonte do evangelho é o próprio Deus, e os apóstolos são apenas arautos e transmissores. O verdadeiro evangelho não é uma criação humana, mas uma revelação divina. Paulo ensina que não há inovação dos apóstolos, mas uma harmonia entre o Velho e o Novo Testamento, com os apóstolos anunciando o que os profetas prometeram. O evangelho é antigo, uma consumação do passado, não uma ruptura. A morte e ressurreição de Jesus foram segundo as escrituras, não uma surpresa ou acidente.

A Essência do Evangelho

A essência do evangelho é Jesus Cristo, o Filho de Deus. O evangelho trata dele do começo ao fim, e Paulo destaca duas coisas importantes sobre Jesus: sua encarnação e sua ressurreição. Ele veio da descendência de Davi, cumprindo as profecias e entrando na história como um homem verdadeiro. Paulo reafirma a doutrina da encarnação contra a influência grega que negava a possibilidade de Deus ser humano. Ele também ressuscitou, refutando a crença grega na imortalidade da alma, mas não na ressurreição do corpo. Não há evangelho sem encarnação e ressurreição.

Abrangência e Finalidade do Evangelho

O evangelho rompe as barreiras do judaísmo e se estende a todos os gentios, sem fronteiras geográficas, raciais ou linguísticas. O evangelho tem uma abrangência universal, comprando para Deus pessoas de toda tribo, raça, povo, língua e nação. A finalidade do evangelho é a obediência por fé. A salvação vem pela graça, mas essa graça não é barata. Ser salvo pela graça implica um compromisso de obedecer. A obediência é a evidência de que alguém foi salvo pela graça.

A Igreja: Povo Amado e Chamado

A igreja é o povo amado de Deus. Nunca se deve duvidar desse amor, mesmo em meio a lutas e provações. Ser amado por Deus confere um valor infinito. A igreja também é o povo chamado para ser de Jesus Cristo. Todo membro da igreja ouviu a voz de Deus e foi chamado. Há um chamado externo e um chamado interno, e o chamado de Deus é eficaz, embora possa haver resistência inicial.

Santidade e a Igreja

A igreja é chamada para ser santa, não para viver uma vida mundana. A santidade é a evidência de que alguém é eleito de Deus. Deus nos predestinou para sermos santos e irrepreensíveis. Um salvo pode cair, mas não tem prazer no pecado e volta a se reconciliar com Deus. Há uma diferença entre ser santo (santidade posicional) e estar sendo santificado (santidade processual). No momento em que cremos em Jesus, somos santos, separados por Deus, e então começa um processo gradual de transformação à imagem de Cristo.

Graça e Paz na Igreja

A igreja recebe graça e paz. A graça é a raiz, e a paz é o fruto. Não há paz sem graça, e não há graça sem paz. A paz é resultado da reconciliação com Deus. Em relação ao passado, temos paz; em relação ao presente, temos acesso à graça; e em relação ao futuro, temos esperança da glória. A graça é muito mais do que ser declarado livre de culpa; é ser adotado como filho de Deus e herdeiro.

Testemunho da Fé

A igreja dá testemunho da sua fé. O evangelho não pode ser retido, mas deve ser proclamado. A igreja de Roma proclamou sua fé em todo o mundo. A igreja não deve evangelizar apenas seu bairro ou cidade, mas o mundo inteiro. Jesus Cristo foi específico na grande comissão em Atos 1:8.

O Apóstolo: Gratidão e Oração

Paulo dá graças pela igreja, em vez de criticá-la. Devemos dar graças a Deus pela igreja, mesmo com seus problemas. Um crente dá graças a Deus pela igreja militante, que tem problemas porque fazemos parte dela. Paulo ora pela igreja incessantemente, mencionando-os em todas as suas orações. Mesmo sendo o maior teólogo, Paulo era profundamente comprometido com a oração.

Anseio pela Igreja e Reciprocidade

Paulo anseia ver a igreja e deseja ter uma relação de reciprocidade com ela. Ele não é uma estrela que se isola, mas alguém que gosta de estar perto do povo. Paulo deseja repartir dons espirituais e também receber conforto e fé mútua. Nunca somos tão grandes como quando nos humilhamos. Até uma criança ou um analfabeto pode nos ensinar algo. Paulo entende que ele vai dar e receber, buscando uma fé mútua.

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