TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A ERA VARGAS: tá longo, mas vale a pena! (Débora Aladim)

TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A ERA VARGAS: tá longo, mas vale a pena! (Débora Aladim)

Breve Resumo

Este vídeo oferece um resumo detalhado da Era Vargas, um período crucial na história do Brasil que durou de 1930 a 1945. O vídeo explora as três fases da Era Vargas: o Governo Provisório, o Governo Constitucional e o Estado Novo, destacando as principais características políticas, econômicas e sociais de cada fase. Além disso, o vídeo aborda a figura controversa de Getúlio Vargas, suas estratégias para se manter no poder e seu impacto duradouro na sociedade brasileira.

  • Getúlio Vargas foi uma figura central na política brasileira, governando de 1930 a 1945 e posteriormente eleito presidente novamente.
  • A Era Vargas foi dividida em três fases: Governo Provisório (1930-1934), Governo Constitucional (1934-1937) e Estado Novo (1937-1945).
  • Vargas implementou políticas trabalhistas importantes, como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas também controlou o movimento sindical.

Introdução

O vídeo apresenta um resumo da Era Vargas, um período de 15 anos na história do Brasil que trouxe muitas mudanças e inovações, mas também foi marcado por controvérsias. A Era Vargas será dividida em três fases para facilitar a compreensão. O vídeo também destaca a importância de entender a figura de Getúlio Vargas, um personagem controverso e calculista que exerceu grande controle sobre a política brasileira.

Revolução de 1930

O Brasil nos anos 1920 enfrentava uma crise econômica e política, com a República Oligárquica dominada pelo "café com leite" entre Minas Gerais e São Paulo. Vários movimentos sociais e políticos surgiram, como o tenentismo e a Semana de Arte Moderna, refletindo o descontentamento com a situação do país. No cenário mundial, a crise de 1929 e a ascensão de ideologias totalitárias na Europa também influenciaram o Brasil. A Revolução de 1930 ocorreu após o rompimento da política do café com leite, quando o presidente Washington Luís indicou um paulista para sucedê-lo, em vez de um mineiro. Getúlio Vargas, candidato da oposição, perdeu as eleições, mas o assassinato de seu vice, João Pessoa, serviu de pretexto para um golpe de estado que o levou ao poder.

Governo Provisório (1930-1932)

Getúlio Vargas chegou ao poder por meio de um golpe e precisava se manter no poder. Para enfraquecer as oligarquias, Vargas implementou o Código Eleitoral, que instituiu o voto secreto e o voto feminino em 1932. No entanto, o voto para analfabetos não era permitido, o que limitava a participação política da população mais pobre. Vargas também diminuiu o poder dos estados, substituindo os governadores por interventores de sua confiança. A Revolução Constitucionalista de 1932, liderada por São Paulo, exigiu uma constituição para o país. O movimento MMDV (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) tornou-se um símbolo de resistência. Vargas convocou uma Assembleia Constituinte, resultando na Constituição de 1934.

Governo Constitucional (1932-1937)

A Constituição de 1934 definiu o Brasil como uma república federativa e presidencialista, com eleições diretas e mandato de 4 anos para o presidente. No entanto, a primeira eleição foi indireta, e Vargas foi eleito presidente. Durante o Governo Constitucional, surgiram dois movimentos políticos importantes: a Ação Integralista Brasileira (AIB), de extrema-direita e inspirada no fascismo, e a Aliança Nacional Libertadora (ANL), de esquerda e anti-fascista. Vargas reprimiu a ANL e, após a Intentona Comunista de 1935, declarou estado de sítio, concentrando poderes em suas mãos.

Estado Novo (1937-1945)

Em 1937, Vargas anunciou um golpe de estado, instaurando a ditadura do Estado Novo. Ele outorgou uma nova constituição, conhecida como "polaca", que lhe concedia amplos poderes. Vargas podia impor leis, nomear interventores, fechar assembleias, censurar os meios de comunicação e extinguir partidos políticos. A AIB, que havia apoiado Vargas no golpe, também foi extinta, e seus membros tentaram um atentado contra o presidente, resultando em repressão e perseguição a qualquer tipo de oposição.

Economia durante a Era Vargas

A economia durante a Era Vargas foi marcada pela industrialização, com o objetivo de promover o desenvolvimento do país sem grandes abalos sociais. A burocracia civil, os militares e a burguesia industrial tinham interesses em comum na industrialização. O Brasil viveu uma industrialização por substituição de importações, impulsionada pela crise de 1929 e pela Primeira Guerra Mundial. A política econômica do Estado Novo ficou conhecida como nacional-desenvolvimentista, com foco em petróleo, mineração, siderurgia e energia elétrica. Vargas criou empresas estatais como a Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Trabalhismo

A política trabalhista de Vargas teve como objetivo principal reprimir os esforços organizatórios da classe trabalhadora urbana fora do controle do estado e atrair apoio ao governo. Vargas criou a imagem de protetor dos trabalhadores, concedendo direitos como férias, seguro-desemprego e jornada de trabalho de 8 horas por dia. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi um marco importante, mas Vargas também controlou o movimento sindical, proibindo greves e vinculando os sindicatos ao Ministério do Trabalho. Essa política ficou conhecida como sindicalismo pelego.

Mudanças na Educação e Saúde

Vargas implementou várias medidas na área da educação e saúde, como a criação dos ministérios da Educação e Saúde, o combate ao analfabetismo, o investimento na saúde das gestantes e crianças, a criação da previdência social e o sistema público de educação básica. Também foram criados o SENAI, o SENAC e escolas de formação de professores.

Fim do Estado Novo e Queremismo

Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil se aliou aos Estados Unidos, o que gerou contradições internas, já que Vargas era um ditador lutando contra ditaduras. A pressão por democratização aumentou, e Vargas marcou eleições para o final de 1945, permitindo a formação de outros partidos políticos. O movimento queremista surgiu, defendendo a permanência de Vargas no poder, mas a oposição temia que ele desse outro golpe. Em 1945, Vargas foi forçado a renunciar, marcando o fim da Era Vargas, embora ele tenha retornado à política anos depois.

Share

Summarize Anything ! Download Summ App

Download on the Apple Store
Get it on Google Play
© 2024 Summ