Breve Resumo
O vídeo apresenta um resumo da sétima semana de educação do curso de licenciatura em pedagogia (SEMAPED) da Universidade Federal do Piauí, campus Floriano. O evento, com o tema "Identidades Plurais da Formação Inicial aos Territórios da Atuação Docente", contou com a participação de diversas instituições educacionais e educadores de todos os níveis de ensino. O vídeo também destaca a importância da pesquisa narrativa e autobiográfica na formação docente, com a participação de renomados palestrantes e a apresentação de experiências e reflexões sobre o tema.
- Apresentação da SEMAPED e seu tema central.
- Destaque para a parceria com diversas instituições educacionais.
- Ênfase na importância da pesquisa narrativa e autobiográfica na formação docente.
- Celebração do conhecimento construído e das experiências compartilhadas.
Abertura do Evento
O vídeo começa com um convite à comunidade de pesquisadores e estudantes para a sétima semana de educação do curso de licenciatura em pedagogia (SEMAPED), que acontecerá na Universidade Federal do Piauí, campus Floriano, nos dias 16 a 22 de maio. O evento tem como tema "Identidades Plurais da Formação Inicial aos Territórios da Atuação Docente" e conta com a parceria de diversas instituições educacionais, como a UNIFA, o IFP, a UESP e o CTP, todas localizadas em Floriano. O objetivo é promover um grande evento em nível regional e nacional, com a participação de educadores de todos os níveis de ensino.
Atrações Musicais e Convidados Especiais
O evento contará com a presença de professores de outros campos, mestres e doutores especializados em educação, que se apresentarão no auditório do campus. No dia 20, haverá um show da banda Música Educação para comemorar o dia do pedagogo. O vídeo incentiva o público a não perder essa oportunidade.
Apresentações Musicais
O vídeo apresenta diversas apresentações musicais de artistas locais, com canções que abordam temas como amor, saudade, superação e a importância da cultura nordestina. As músicas são interpretadas com paixão e emoção, transmitindo mensagens de esperança e resiliência.
Cerimonial de Finalização da SEMAPED
A professora Vanessa Nunes dos Santos inicia o cerimonial de finalização da sétima SEMAPED, agradecendo a Deus e a todas as formas de religiosidade e crenças. Ela destaca a importância de falar sobre si e sobre as pessoas que estão por trás do evento. Agradece a todos os presentes, tanto presenciais quanto online, e ressalta que o tema desta edição é "Identidades Plurais da Formação Inicial aos Territórios da Atuação Docente". Vanessa expressa gratidão à comissão organizadora, aos monitores, técnicos e intérpretes, e aos palestrantes, ministrantes de oficinas e minicursos, e aos artistas musicais e das artes cênicas.
Agradecimentos e Reflexões sobre Educação
Vanessa expressa seu imenso agradecimento a toda a comissão organizadora do evento, em especial à professora Maria Madureiro, vice-coordenadora, e às professoras Alba Patrícia e Maria da Penha. Ela também agradece aos monitores, monitoras, técnicos e intérpretes que garantiram o bom funcionamento do evento. Agradece aos palestrantes, ministrantes de oficinas e minicursos, e aos artistas musicais e das artes cênicas. Vanessa cita Paulo Freire, ressaltando a importância do diálogo e da troca de experiências na educação, e Ruben Alves, que convida a imaginar uma escola diferente, onde a criatividade e a liberdade são valorizadas.
Mesa Redonda: Pesquisa, Formação e Narrativas Autobiográficas
A professora Vanessa convida a professora D. Inês Ferreira de Souza Bragança da Unicamp e a professora D. Albaí Passos de Souza para a mesa redonda sobre pesquisa, formação e narrativas autobiográficas como dispositivo na formação docente. Ela também convida o professor Dr. Joelson de Souza Moraes da Universidade Federal do Maranhão e a professora mediadora do campus da Universidade Federal do Piauí em Floriano.
Pesquisa-Formação e Desobediência Epistêmica
A professora Alba Patrícia apresenta a ideia de pesquisa-formação como uma escrita de desobediência epistêmica, que rejeita a supremacia do pensamento eurocentrado e a hierarquia de saberes imposta pela modernidade. Ela defende que essa abordagem permite dialogar com diferentes fontes e perspectivas, valorizando a experiência e a identidade na relação com o outro. Alba explica que a pesquisa-formação não segue um cânone da academia, permitindo ao pesquisador escolher suas fontes e construir narrativas a partir de documentos como atas, cartas e fotografias.
Sessões e Interpretações Múltiplas na Pesquisa Narrativa
Alba explica que a pesquisa narrativa não se organiza em capítulos, mas em sessões, que representam um momento de partilha e diálogo entre o pesquisador, o leitor e os autores. Ela destaca que cada um pode propor sua própria interpretação, sem que haja problema em perspectivar de forma diferente. Alba utiliza o conceito de pesquisa-formação em itálico, trabalhado por Mota e Bragança, para descrever um movimento circular em que a pesquisa leva à formação e a formação leva à pesquisa.
Narrativas Autobiográficas e Reconstrução da História
Alba explica que as narrativas autobiográficas buscam a reconstrução da história de alguém ou de si mesmo, permitindo impactar a formação de quem pesquisa e de outros pesquisadores. Ela cita Riquê, que afirma que narramos para conhecer, e destaca a importância de olhar para o passado perspectivando o futuro. Alba também menciona o conceito de exotopia de Bakhtin, que permite olhar de fora o outro, e a importância de inventariar a própria vida, interpretando-a criticamente para compreender as situações políticas e sociais em diferentes épocas e ambientes.
Escolarização Feminina e a União Artística Operária Florianense
Alba compartilha sua pesquisa sobre a escolarização feminina de mulheres pretas no ginásio primeiro de maio, em Floriano, e a importância da União Artística Operária Florianense, uma instituição fundada em 1920 pela classe de trabalhadores para garantir que seus filhos pudessem estudar. Ela relata sua busca por documentos nos arquivos e a descoberta da União Artística Operária, que se tornou o foco principal de sua pesquisa. Alba também menciona a importância de manter os acervos e a necessidade de autorização para utilizar documentos com nomes de pessoas.
Afetar-se pela Pesquisa-Formação Docente
O professor Joelson Morais compartilha suas reflexões sobre os movimentos de pesquisa-formação, enfatizando a importância de viver os tempos e espaços da vida na universidade. Ele destaca a influência da professora Inês Bragança em sua formação, que o convidou a viver a universidade como um espaço de vida, onde o acadêmico se mistura com o pessoal. Joelson ressalta a importância de não esquecer de si mesmo e de valorizar os afetos na formação do sujeito e na transformação.
Literaturizar a Vida, a Ciência e a Pesquisa-Formação
Joelson apresenta algumas palavras para literaturizar a vida, a ciência e a pesquisa-formação, trazendo o autor moçambicano Mia Couto, que afirma que o que faz andar a estrada é o sonho. Ele explora perguntas sobre os afetos, como "Como me tornei quem sou?", "O que estou sendo no gerúndio?" e "O que posso vir a ser?", convidando o público a refletir sobre a incompletude da pessoa e a importância de estar aberto a mudanças. Joelson também aborda a questão de como escrever a própria história e o que se aprende com a escrita da vida.
Justificativa para o Uso das Narrativas Autobiográficas
Joelson explica a justificativa para o uso das narrativas autobiográficas, mencionando a crise de identidade dos professores na década de 70 e a necessidade de recolocá-los no centro dos debates educativos e das problemáticas de investigação. Ele apresenta o conceito de pesquisa-formação, com base nas ideias de Inês Bragança, Jô e Conceição Passeg, destacando a importância do envolvimento dos pesquisadores na transformação individual e coletiva. Joelson também menciona a importância de narrar sobre quem fomos, quem estamos sendo e quem poderemos ser.
Musas Inspiradoras e Referências Teóricas
Joelson apresenta suas musas inspiradoras e referências teóricas, como Merry Cristine Josu, Inês Bragança, Conceição Passeg, Ivor Goodson, Walter Benjamin, Jorge La Rosa e Paul Riquet. Ele destaca a importância das obras de Riquet, como a trilogia "Tempo e Narrativa", e do livro "O Si Mesmo como Outro", que abordam a narrativa no âmbito filosófico e da própria vida. Joelson também menciona a importância de considerar a família, a infância e as pessoas que participam da pesquisa ao escrever a narrativa.
Experiências e Reflexões sobre a Pesquisa-Formação
Joelson compartilha suas experiências na Unicamp, mostrando fotos de seus encontros de orientação com Inês Bragança e seus cadernos de anotações. Ele apresenta a narrativa de Maria Aparecida, uma professora que estudou no parfó da UFP de Piripiri, e a carta que ele escreveu em resposta, expressando sua emoção e admiração pela história de vida dela. Joelson também menciona o projeto "Narração Visual de História", em que seus alunos produzem narrativas autobiográficas a partir de fotografias do álbum de família.
Lições de Afetos na Vida, Pesquisa e Formação
Joelson finaliza sua apresentação com lições de afetos na vida, pesquisa e formação, mostrando fotos de momentos importantes de sua trajetória acadêmica e pessoal. Ele cita Eduardo Galeano, que afirma que, embora estejamos mal feitos, ainda não estamos terminados, e que a aventura de mudar e de mudarmos faz com que valha a pena essa piscadela que somos na história do universo.
Abertura com Galeano e a História do Curso de Pedagogia
A professora Inês inicia sua fala com uma citação de Eduardo Galeano, ressaltando a produção coletiva da vida e a importância dos muitos outros em nossas histórias. Ela também cita Conceição Evaristo, que fala sobre como somos amontoados de pessoas e como nossas narrativas trazem os atravessamentos sociais e políticos. Inês apresenta um breve histórico do curso de pedagogia no Brasil, desde sua criação em 1939 até as diretrizes curriculares de 2006, destacando a luta para que o curso formasse o professor como intelectual e pesquisador.
Pesquisa nos Cotidianos Escolares e a Pesquisa-Formação
Inês discorre sobre a pesquisa nos cotidianos escolares, enfatizando a importância de considerar os saberes pedagógicos produzidos nas práticas educativas. Ela menciona a pesquisa-formação, que se compromete com a ação e a transformação dos coletivos, e destaca a importância da escrita como companheira dos movimentos de produzir saber e de se transformar em partilha. Inês apresenta os diários e as narrativas pedagógicas como dispositivos de escrita que permitem registrar e compartilhar as experiências vividas nos cotidianos escolares.
Diários e Narrativas Pedagógicas: A Voz dos Estudantes
Inês apresenta exemplos de diários e narrativas pedagógicas produzidas por estudantes, como o da Ana Lívia Bernardo, que relata sua experiência em uma assembleia de classe, e o do Márcio, um estudante indígena que compartilha sua trajetória de vida e seus desafios para chegar à universidade. Ela também mostra imagens e textos produzidos por uma estudante sobre as dificuldades do retorno ao ensino presencial no pós-pandemia.
Convite a Sulear e a Produzir Paraquedas Coloridos
Inês finaliza sua apresentação com um convite a sulear, a olhar para o próprio Brasil e para a América Latina, valorizando os conhecimentos que estão pulsando e circulando em nossos territórios. Ela cita Ailton Krenc, que afirma que talvez o que a gente tenha que fazer é descobrir um paraquedas, não eliminar a queda, e convida o público a inventar e fabricar milhares de paraquedas coloridos, compartilhando a vida e produzindo esperança.
Considerações Finais e Agradecimentos
A professora Alba agradece aos professores Joelson e Inês pela presença e pelos ensinamentos, ressaltando a importância da subjetividade e da troca de histórias na pesquisa narrativa. A professora Luana expressa sua gratidão pela fala inspiradora e pela defesa do curso de pedagogia. Os palestrantes agradecem a organização do evento e a oportunidade de compartilhar suas experiências e reflexões. O vídeo encerra com uma salva de palmas e um convite para que todos continuem a lutar por uma educação transformadora.
Debate e Reflexões Finais
O vídeo abre espaço para um debate com o público, onde são levantadas questões sobre biografias não autorizadas e a ética na pesquisa. Os palestrantes compartilham suas perspectivas sobre o tema, ressaltando a importância do consentimento informado e da valorização da autoria. O vídeo encerra com agradecimentos e uma salva de palmas, celebrando o sucesso do evento e a importância da pesquisa narrativa e autobiográfica na formação docente.